Paes nega ter pedido CoronaVac a Doria e diz que aguardará programa nacional de imunização
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, negou nesta segunda-feira que tenha pedido doses da CoronaVac ao governador de São Paulo, João Doria, e disse que aguardará a definição de uma política nacional de imunização contra a covid-19 pelo Ministério da Saúde.
Após anunciar nesta segunda plano de vacinação em São Paulo com início em 25 de janeiro com a CoronaVac —vacina da chinesa Sinovac que está sendo produzida no Brasil pelo Instituto Butantan— Doria afirmou que Paes e o prefeito reeleito de Curitiba, Rafael Greca, já tinham pedido para receber doses do imunizante.
Paes, no entanto, negou em nota oficial que tenha feito qualquer pré-encomenda.
"Prefeitura do Rio, durante toda a minha gestão, sempre seguiu as regras definidas pelo Programa Nacional de imunizações e assim será em relação à vacina de combate ao coronavírus. Os insumos estratégicos no Sistema Único de Saúde são de responsabilidade do governo federal, o que aumenta muito o poder de compra do Estado brasileiro, reduzindo custos para o Sistema Único de Saúde", disse Paes em comunicado, citando os dois mandatos anteriores como prefeito do Rio (2009 a 2017).
"A partir de 1º de janeiro estaremos juntos ao Ministério da Saúde acompanhando todo o planejamento e organizando a rede municipal para garantir que a vacinação seja realizada de forma organizada e no menor tempo possível para a população", acrescentou.
O prefeito eleito disse, sem citar o governador de São Paulo, que é preciso evitar ruídos de comunicação em um tema tão sensível e importante, como a imunização da população contra coronavírus.
O governo de São Paulo anunciou que pretende iniciar a vacinação com a CoronaVac em 25 de janeiro, apesar de ainda não ter sequer solicitado aprovação regulatória junto à Anvisa, uma vez que ainda aguarda a conclusão dos testes de estágio final.
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