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Vacinação, máscaras e volta às aulas: Biden estabelece principais metas de combate à pandemia

24.nov.2020 - O presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden fala durante um evento de anúncio do gabinete em Wilmington - Chandan Khanna/AFP
24.nov.2020 - O presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden fala durante um evento de anúncio do gabinete em Wilmington Imagem: Chandan Khanna/AFP

Simon Lewis e Phil Stewart

Da Reuters, em Wilmington e em Washington (EUA)*

08/12/2020 19h41

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou a equipe que irá liderar a resposta de seu governo à pandemia do coronavírus nesta terça-feira, enfatizando a distribuição em massa que será necessária para atingir a meta de 100 milhões de vacinas aplicadas nos primeiros 100 dias de governo.

Biden afirmou que precisa que o Congresso aprove o financiamento completo da distribuição das vacinas para todos os cantos dos Estados Unidos. Promover a volta das crianças às aulas será uma prioridade nacional nos primeiros 100 dias, disse Biden em um pronunciamento em Wilmington, no estado do Delaware.

"Em 100 dias podemos mudar o curso da doença e mudar a vida nos Estados Unidos para o melhor", disse Biden. "Qualquer que seja sua visão política ou ponto de vista, use máscara por 100 dias".

O coronavírus já matou mais de 283 mil pessoas nos Estados Unidos e causou perdas de milhões de empregos.

Vacinas eficientes podem ajudar o governo Biden a voltar sua atenção aos cuidados com a economia norte-americana, duramente atingida pelo período de pandemia. Mais notícias positivas vieram nesta terça-feira da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) mostrando que o órgão regulador não levantou novas questões sobre a eficácia ou a segurança da vacina da Pfizer.

"Meus primeiros 100 dias no cargo não irão acabar com o vírus da covid-19. Eu não posso prometer isso", disse Biden, que assume a Presidência no dia 20 de janeiro. "Mas nós não entramos nessa bagunça rapidamente. Não vamos sair dela rapidamente. Vai levar algum tempo".

Biden apresentou o procurador-geral do estado da Califórnia, Xavier Becerra, um ex-deputado latino, como seu indicado para o cargo de secretário da Saúde e Serviços Humanos. Becerra tem um longo histórico de apoio ao Ato de Cuidados Acessíveis, mais conhecido pelo apelido de "Obamacare".

Biden escolheu Rochelle Walensky, diretora de Doenças Infecciosas do Hospital Geral de Massachusetts em Boston, para liderar o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, foi nomeado conselheiro-chefe de Biden para assuntos médicos e Vivek Murthy voltará a ocupar um cargo de conselheiro de saúde que teve no governo do ex-presidente Barack Obama.

Biden escolheu Jeff Zients, um conselheiro econômico conhecido por suas habilidades administrativas, como o "czar" do coronavírus. Zients irá supervisionar a resposta à pandemia, incluindo a distribuição das vacinas.

"O socorro está chegando", disse a vice-presidente eleita Kamala Harris após os novos membros da equipe de saúde de Biden se apresentarem. "E o socorro está muito atrasado".

Biden, um democrata, derrotou o presidente republicano Donald Trump nas eleições do dia 3 de novembro.

*Colaboraram Trevor Hunnicutt, Andrea Shalal, John Whitesides, Makini Brice, Doina Chiacu e Jason Lange