Presidente de Belarus minimiza sanções e diz que atleta desertora foi "manipulada"
KIEV/LONDRES/WASHINGTON (Reuters) - Em tom desafiador, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse nesta segunda-feira que uma velocista bielorrussa desertou na Olimpíada somente porque foi "manipulada" por forças externas e desdenhou uma avalanche de novas sanções coordenadas do Ocidente contra o país.
Em uma coletiva de imprensa de horas de duração no aniversário de uma eleição que oponentes disseram ter sido fraudada para que ele pudesse vencer, Lukashenko negou ser um ditador e disse que defendeu Belarus de adversários que planejavam um golpe.
Enquanto ele falava no palácio presidencial de Minsk, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos anunciavam sanções coordenadas contra a economia bielorrussa e seu setor financeiro, incluindo as exportações de derivados de petróleo e potássio, que é usado em fertilizantes e é a maior fonte de moeda estrangeira do país.
Lukashenko disse que o Reino Unido ficará "sufocado" em suas medidas e que está pronto para conversas com o Ocidente, ao invés de travar uma guerra de sanções.
Ele ainda disse que venceu a eleição presidencial de 9 de agosto de 2020 e que algumas pessoas estavam "se preparando para uma eleição justa, enquanto outras estavam pedindo... por um golpe de Estado".
Belarus voltou aos holofotes internacional depois que a velocista Krystsina Tsimanouskaya fugiu de Tóquio para Varsóvia, na semana passada, após uma discussão com os treinadores na qual ela mencionou uma ordem "do alto" para mandá-la de volta dos Jogos Olímpicos para casa.
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