Alemanha cogita mais restrições contra covid-19; EUA desaconselham viagens ao país
O ministro da Saúde da Alemanha pediu nesta terça-feira mais restrições para conter uma disparada "dramática" de casos de coronavírus agora que o índice de infecções atinge uma alta recorde, e os Estados Unidos desaconselharam viagens ao país.
A taxa de incidência de sete dias, o número de pessoas por 100 mil habitantes infectadas na semana anterior, foi de 386,5 na segunda-feira para 399,8 nesta terça-feira, mostraram dados do Instituto Robert Koch de Doenças Infecciosas (RKI).
Jens Spahn, o ministro da Saúde, pediu que mais espaços públicos sejam limitados àqueles que estão vacinados ou se recuperaram recentemente da covid-19 e também tiveram um exame negativo na tentativa de conter a quarta onda alemã.
Spahn não descartou lockdowns, mas disse que isto seria decidido região por região. Algumas delas, como a Saxônia fortemente atingida e a Baviera, já estão adotando medidas, como cancelar mercados natalinos.
"A situação não é somente séria, em algumas regiões da Alemanha ela agora é dramática", disse Spahn à German Radio. "Estamos tendo que transferir pacientes, já que as unidades de tratamento intensivo estão cheias e isto não afeta só pacientes de Covid-19."
Como a Alemanha tem preocupações a respeito do suprimento da vacina contra Covid-19 Pfizer/BioNTech, as empresas adiantaram a entrega de um milhão de doses planejadas originalmente para dezembro, disse Spahn a autoridades do Ministério da Saúde na segunda-feira, de acordo com duas fontes do governo.
Isto permitiria distribuir 3 milhões de vacinas, ao invés de 2 milhões, na semana que vem no momento em que as pessoas correm para receber doses de reforço e os centros de vacinação estão com todos os horários de agendamento ocupados.
Ainda não se decidiu se a ação afetaria o número total de vacinas atribuídas à Alemanha para o resto do ano, disseram as fontes.
A disparada de casos na Alemanha e na vizinha Dinamarca levou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) a desaconselhar viagens aos dois países na segunda-feira, elevando sua recomendação de viagem para "nível quatro: muito alto".
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