Investigação do Congresso dos EUA sobre ataque ao Capitólio corre contra prazo eleitoral
O inquérito do Congresso norte-americano sobre o violento ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro por apoiadores de Donald Trump começa em breve audiências públicas e vai colocar a investigação em foco, enquanto a campanha para as eleições de novembro se intensifica.
A investigação sobre o pior ataque ao Congresso do país desde a Guerra de 1812 foi conduzida principalmente a portas fechadas até agora. O Comitê de Selecionados da Câmara dos Deputados sobre o 6 de Janeiro já entrevistou mais de 300 testemunhas do episódio de violência provocado por apoiadores de Trump, que tentavam reverter sua derrota eleitoral, e sobre a resposta do ex-presidente ao ato criminoso.
Os membros do comitê estão correndo para finalizar seus trabalhos antes das eleições marcadas para o dia 8 de novembro. Os sete democratas e dois republicanos sabem que seus esforços podem ser suspensos se os republicanos retomarem a maioria na Câmara, como é apontado por algumas previsões. A cobertura midiática das audiências da comissão parlamentar pode se tornar útil politicamente na campanha.
As lideranças republicanas na Câmara se recusaram a participar da investigação, já que cerca de 55% dos eleitores republicanos acreditam hoje nas afirmações do ex-presidente Trump de que sua derrota foi o resultado de fraudes generalizadas. Vários tribunais rejeitaram a afirmação, mas a comoção estimulou uma onda de revisões aos limites estaduais nas eleições.
O inquérito da Câmara está avançando paralelamente aos processos do Departamento de Justiça sobre cerca de 725 participantes da invasão, que são acusados desde conduta desordeira até conspiração. Cerca de 165 pessoas se declararam culpadas de participar do ataque até agora, e os primeiros julgamentos podem começar no mês que vem.
Membros do Comitê da Câmara alertam que as acusações falsas de fraude eleitoral que inspiraram o episódio violento também estão prejudicando a fé no sistema democrático dos Estados Unidos.
"Nossa democracia ficou a centímetros da ruína", disse o deputado Bennie Thompson, presidente da comissão, em uma audiência do Congresso no mês passado. "Queremos saber o porquê e compartilhar essas informações com o povo norte-americano."
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