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Europa Oriental reporta recordes diários de infecções por covid-19 com ômicron

Policial polonês na fronteira entre Alemanha e Polônia após fechamento da fronteira entre os dois países como medida preventiva para lidar com coronavírus - Annegret Hilse/Reuters
Policial polonês na fronteira entre Alemanha e Polônia após fechamento da fronteira entre os dois países como medida preventiva para lidar com coronavírus Imagem: Annegret Hilse/Reuters

Da Reuters*

26/01/2022 12h40Atualizada em 26/01/2022 13h19

Polônia, República Tcheca, Hungria, Bulgária e Romênia todas atingiram seus maiores números de infecções em toda a pandemia nesta quarta-feira, impulsionadas pela altamente transmissível variante ômicron, e ainda assim estão relutantes para impôr medidas amplas de contenção para limitar a propagação do vírus.

A região tem algumas das menores taxas de vacinação da Europa, especialmente na Romênia e na Bulgária, e viu alguns dos maiores números de mortes relacionadas à covid-19 no final de 2021.

A Polônia reportou 53.420 novos casos de covid-19 na quarta-feira, enquanto a República Tcheca registrou recordes diários de novos casos de coronavírus por dois dias consecutivos nesta semana, chegando a quase 40 mil na terça-feira.

A Hungria, um país com população de 10 milhões, atingiu mais de 20 mil novos casos diários de coronavírus, enquanto os países menos vacinados da União Européia, Romênia e Bulgária, também reportaram recordes de casos.

"Precisamos estar prontos para aumentos ainda maiores de casos, mesmo acima de 60 mil", afirmou um porta-voz do Ministério da Saúde da Polônia em uma entrevista coletiva.

No entanto, os países ainda não estabeleceram restrições mais duras e amplas, como lockdowns obrigatórios, diferentemente de ondas anteriores da pandemia em 2020-21, quando medidas rígidas foram impostas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou no dia 12 de janeiro que a ômicron causa quadros menos graves da doença do que variantes anteriores do coronavírus, mas continua sendo um "vírus perigoso", especialmente para os não vacinados.

(Reportagem de Joanna Plucinska, Pawel Florkiewicz e Anna Wlodarczak-Semczuk em Varsóvia, Luiza Ilie em Bucareste, Robert Muller em Praga, Krisztina Than em Budapeste, Tsvetelia Tsolova em Sofia)