China diz que soberania de Mianmar deve ser respeitada
A China apoia Mianmar a encontrar seu próprio caminho para o desenvolvimento e apela à comunidade internacional a respeitar sua soberania e ajudar o país a alcançar paz e reconciliação, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês nesta quarta-feira.
Mianmar tem sido amplamente condenado pelos países ocidentais desde que seus militares derrubaram um governo eleito liderado pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, em 2021 e esmagaram os protestos pró-democracia em todo o país que eclodiram após o golpe.
A vizinha China, no entanto, manteve laços estreitos com os generais de Mianmar, e o ministro das Relações Exteriores Qin Gang, fazendo uma rara viagem a Mianmar por uma autoridade estrangeira de alto escalão, encontrou-se com o chefe da junta, Min Aung Hlaing, em Naypyitaw na terça-feira.
"A China apoia Mianmar na exploração de um caminho de desenvolvimento com características de Mianmar que se adapte às suas condições nacionais", disse Qin nas conversas, de acordo com o ministério.
A China apoiou Mianmar no "avanço de seu processo de transição política e apoia as partes relevantes... para lidar adequadamente com as diferenças e buscar a reconciliação nacional sob a estrutura constitucional e legal", afirmou Qin.
A comunidade internacional deve respeitar a soberania de Mianmar e desempenhar um papel construtivo para ajudá-lo a alcançar a paz e a reconciliação, segundo ele.
Mianmar tem sido abalado pela violência desde o golpe, com ativistas pró-democracia pegando em armas, em alguns lugares ao lado de minorias étnicas que lutam pela autodeterminação, para combater o Exército bem equipado.
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