Jamil Chade

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Reportagem

Parlamentares de Brasil e EUA farão carta de compromisso pela democracia

Parlamentares brasileiros e americanos decidiram articular uma carta conjunta de compromisso de defesa da democracia. A decisão foi tomada depois de um encontro nesta quinta-feira (2) entre uma delegação do Congresso Nacional com o deputado americano Jamie Raskin, membro da CPI do Capitólio.

A viagem é liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD), relatora da CPI que examina o caso dos ataques golpistas em Brasília, além do senador Humberto Costa (PT) e dos deputados Pastor Henrique Vieira (PSOL), Rogério Correia (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Rafael Brito (MDB-AL). Também fará parte da delegação o diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili. O Washington Brazil Office também apoia a missão.

No encontro, os dois grupos trocaram informações sobre as respectivas CPIs e sobre a existência de um risco real para as democracias.

Ficou estabelecido que uma carta comum seria elaborada, com adeptos dos Congressos do Brasil e dos EUA, e depois com parlamentares de outros países do mundo. "O tema da carta é a defesa da democracia", explicou Sottili, após o encontro. Segundo ele, uma minuta já está sendo escrita e a busca também é para incluir deputados republicanos, que não façam parte da ala mais radical.

Entre os pontos tratados, haverá um compromisso pela aceitação dos resultados das eleições e pelo respeito às instituições.

Os deputados ainda debateram a possibilidade de que a carta seja ampliada e conversas com europeus e latinos.

Antes, o grupo esteve com o senador Bernie Sandes, que confirmou que a situação dos ataques contra a democracia é "muito preocupante" e disse que Brasil e EUA "tem uma responsabilidade muito grande com a democracia nos seus respetivos países, mas também em todo o mundo".

"Esse é um problema internacional", disse o senador ao grupo brasileiro.

Sanders insistiu que era importante deixar claro que a ofensiva pela democracia não significaria defender ou advogar em nome da direita ou esquerda. Na visão dele, na democracia, todos cabem.

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Segundo Sanders, é preciso deixar claro que o entendimento de democracia é do respeito às regras e aos resultados eleitorais.

O senador explicou que não se pode admitir que alguém, ao perder uma eleição, não consiga virar a página e se preparar para o próximo pleito.

Reportagem

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