Putin diz a russos que guerra na Ucrânia continuará a menos que Kiev faça um acordo

MOSCOU (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira que a Rússia continuará com sua guerra na Ucrânia, a menos que Kiev faça um acordo que leve em conta as preocupações de segurança de Moscou, acrescentando que os objetivos da "operação militar especial" serão, de qualquer forma, alcançados.

Respondendo a perguntas do público e da mídia em um evento dominado pela guerra, Putin - que anunciou que buscará outro mandato presidencial de seis anos em março - disse que seus objetivos originais na Ucrânia não mudaram e que as forças russas estavam melhorando sua posição ao longo da maior parte da linha de frente.

Os principais objetivos da Rússia continuam sendo a "desnazificação", a "desmilitarização" e a garantia da neutralidade da Ucrânia, segundo ele.

"Haverá paz quando atingirmos nossos objetivos", disse o líder de 71 anos.

"Quanto à desmilitarização, se eles (os ucranianos) não quiserem chegar a um acordo - bem, então seremos forçados a tomar outras medidas, inclusive militares."

"Ou chegamos a um acordo, concordamos com certos parâmetros (sobre o tamanho e a força dos militares da Ucrânia)... ou resolvemos isso pela força. É por isso que vamos nos esforçar."

Putin, que se apresentou como o homem certo para continuar liderando a Rússia em uma guerra que o Ocidente classifica como uma apropriação de terras no estilo colonial sem provocação, respondeu a perguntas de forças russas que lutam perto da linha de frente, com o som de tiros ecoando ao fundo.

Ele também descartou uma nova onda de mobilização militar, dizendo que ela não era necessária no momento.

"O fluxo de homens prontos para defender nossa pátria com armas na mão não está diminuindo. Juntamente com os voluntários, deve haver cerca de meio milhão de pessoas. Não há necessidade de mobilização até o momento", disse Putin.

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(Reportagem da Reuters)

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