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Kremlin diz que negociações sobre Ucrânia em Davos levarão a nada pois Rússia não está presente

O Kremlin disse nesta segunda-feira que as conversações em Davos sobre as propostas de paz da Ucrânia não resultarão em nada, pois a Rússia não está participando das discussões.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou milhares de tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022, desencadeando o maior confronto entre o Ocidente e Moscou desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o presidente da França, Emmanuel Macron, e os principais líderes do Oriente Médio devem participar do Fórum Econômico Mundial desta semana, colocando as negociações para acabar com as guerras em Gaza e na Ucrânia no topo da agenda da elite global.

"Isso é simplesmente falar por falar", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando perguntado sobre as discussões sobre a Ucrânia em Davos.

"Esse processo não pode ter como objetivo alcançar nenhum resultado específico pela razão óbvia — não estamos participando. Sem nossa participação, qualquer discussão não tem perspectiva de resultados."

A Ucrânia afirma que não descansará até que todos os soldados russos sejam expulsos de seu território e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, decretou que qualquer conversa com a Rússia é ilegal.

A Rússia, que controla pouco menos de um quinto do território ucraniano, rejeitou o plano de paz de Zelenskiy, conhecido como sua "fórmula de paz", por considerá-lo absurdo, já que pretende encontrar a paz sem a participação russa.

O plano de paz de 10 pontos de Zelenskiy exige a retirada das tropas russas, o fim das hostilidades e a restauração das fronteiras estatais da Ucrânia com a Rússia.

Putin apresenta a guerra na Ucrânia como parte de uma luta global muito mais ampla contra o Ocidente — que, segundo ele, tem como objetivo dividir a Rússia e roubar seus recursos. O Ocidente nega que queira destruir a Rússia.

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