Após vitória em Iowa, Trump vai a tribunal para segundo julgamento de difamação
Por Jonathan Stempel e Luc Cohen
NOVA YORK (Reuters) - Logo depois da sua vitória eleitoral em Iowa, Donald Trump sentou em um tribunal de Nova York nesta terça-feira para se defender pela segunda vez de denúncias de que difamou a escritora E. Jean Carroll, após ela o acusar de tê-la estuprado décadas atrás.
Trump assistiu da mesa dos réus aos seus advogados discutindo com o juiz federal Lewis Kaplan sobre as regras básicas de um caso civil que devolverá alegações de má conduta às manchetes enquanto ele persegue a indicação do Partido Republicano à eleição presidencial de 2024.
Ele se sentou duas mesas atrás de Carroll, que está acusando Trump de tê-la difamado em 2019 ao negar que a atacou em um vestuário da loja de departamentos Bergdorf Goodman em Manhattan. Carroll, de 80 anos, quer pelo menos 10 milhões de dólares em indenização.
Kaplan disse aos possíveis jurados que eles terão que considerar apenas quanto Trump deve pagar a Carroll em indenização, e não se o suposto ataque aconteceu ou se Trump mentiu sobre ele na sequência. Afirmou que o julgamento deve durar de três a cinco dias.
Trump, de 77 anos, tem afirmado que quer depor no julgamento civil.
Ele poderá passar grande parte deste ano se deslocando entre comícios de campanha e tribunais, na sua tentativa de conquistar a nomeação presidencial republicana para 2024.
Ele venceu a primeira disputa estadual do Partido Republicano para a eleição presidencial de 2024 em Iowa, na segunda-feira, por ampla margem, e as pesquisas de opinião o colocam na liderança para a próxima etapa, em New Hampshire, daqui a uma semana.
Trump se declarou inocente em quatro casos criminais que podem colocá-lo na prisão antes da eleição presidencial de novembro, incluindo dois que o acusam de tentar reverter a derrota de 2020 para o democrata Joe Biden. Ele também é réu em pelo menos dois casos civis.
Trump tem-se apresentado como vítima de perseguição política. Nesta terça-feira, ele disse que Kaplan deveria arquivar o caso.
(Reportagem de Jonathan Stempel e Luc Cohen em Nova York)
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