Rússia coloca premiê da Estônia e políticos do Báltico em lista de procurados

Por Filipp Lebedev e Andrius Sytas

MOSCOU/VILNIUS (Reuters) - A polícia russa colocou a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, o ministro da cultura da Lituânia e membros do antigo parlamento da Letônia em uma lista de procurados, de acordo com o banco de dados do Ministério do Interior da Rússia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Kallas era procurada pela "profanação da memória histórica".

A agência estatal russa TASS disse que as autoridades bálticas foram acusadas de "destruir monumentos aos soldados soviéticos", atos que são puníveis com uma pena de 5 anos de prisão de acordo com o código penal russo.

"O Kremlin agora espera que essa medida ajude a silenciar a mim e a outros -- mas não ajudará", disse Kallas em uma publicação na plataforma de mídia social X.

"Continuarei a dar meu forte apoio à Ucrânia. Continuarei a defender o aumento da defesa da Europa", disse ela, acrescentando que a ação da Rússia não foi uma surpresa.

Após a invasão da Ucrânia pela Rússia há quase dois anos, as nações bálticas da Estônia, Letônia e Lituânia demoliram a maioria de seus monumentos da era soviética, incluindo aqueles que lembram dos soldados soviéticos mortos na Segunda Guerra Mundial.

Em resposta, o chefe do Comitê Investigativo Russo, Alexander Bastrykin, ordenou uma investigação criminal sobre o assunto.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse: "Isso é apenas o começo".

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