Blinken diz que EUA não podem apoiar ataque contra Rafah sem plano humanitário

Por Humeyra Pamuk

ASHDOD, ISRAEL (Reuters) - O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta quarta-feira que ainda não viu um plano para a ofensiva de Israel contra a cidade de Rafah, no sul de Gaza, que protegeria civis, repetindo que Washington não pode apoiar esse tipo de ataque. 

Blinken e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniram em Jerusalém por duas horas e meia. Após o encontro, Israel repetiu que a operação em Rafah avançará, apesar da posição dos EUA e de um alerta da ONU de que ela levará a uma “tragédia”. 

“Não podemos e não vamos apoiar uma grande operação militar em Rafah, se não houver um plano efetivo para assegurar que civis não sejam feridos e, não, não vimos um plano como esse”, disse Blinken a repórteres. 

“Há outras maneiras e, na nossa opinião, maneiras melhores, de lidar com… o desafio em andamento do Hamas que não exigem uma grande operação militar em Rafah”, disse, acrescentando que esse foi o objeto de conversas em curso com autoridades israelenses. 

Um porta-voz do governo israelense disse que Israel continua determinado a destruir as formações de combate remanescentes do Hamas. 

“Sobre Rafah: estamos comprometidos a remover os últimos quatro dos cinco batalhões do Hamas em Rafah e estamos compartilhando nossos planos com o secretário de Estado, Blinken”, disse o porta-voz, em um briefing de rotina. 

(Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi no Cairo e Simon Lewis em Washington)

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