Após Putin visitar Hanói, EUA se concentrarão em aprofundar laços com o Vietnã

Por David Brunnstrom e Jasper Ward

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos responderam à visita do presidente russo, Vladimir Putin, ao Vietnã, nesta quinta-feira, dizendo que vão se concentrar em estreitar seus laços com Hanói, com quem buscam melhores relações para combater a rival China.

Um dia após assinar um acordo de defesa mútua com a Coreia do Norte, Putin recebeu uma saudação em cerimônia militar no Vietnã e afirmou em Hanói que pretende construir uma “arquitetura confiável de segurança” na região.

Horas depois, Washington anunciou que seu principal diplomata no Leste Asiático, Daniel Kritenbrink, visitará o Vietnã na sexta-feira e no sábado para realçar o comprometimento de Washington em trabalhar com Hanói para assegurar uma região do Indo-Pacífico “livre e aberta”.

A viagem de Putin a dois países da Ásia foi vista como uma provocação ao Ocidente. A recepção dele no Vietnã foi muito criticada por Washington, que afirmou que o líder russo não deveria receber palco para defender sua guerra contra a Ucrânia.

Porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby afirmou que os EUA melhoraram as relações com o Vietnã no ano passado, e acrescentou: “Vamos continuar concentrados em seguir aprofundando-as, expandido-as e melhorando-as, para o nosso próprio benefício mútuo e para o da região”.

Rússia e Vietnã assinaram acordos de energia, que realçam a mudança de foco de Moscou para a Ásia depois de o Ocidente ter imposto sanções contra a Rússia por causa do conflito contra a Ucrânia.

(Reportagem de Kat Jackson, Doina Chiacu e David Brunnstrom; reportagem adicional de Andrea Shalal e Rich Mckay)

Deixe seu comentário

Só para assinantes