Rússia realiza grande ataque à infraestrutura de energia da Ucrânia, diz Kiev

Por Anastasiia Malenko e Olena Harmash

KIEV (Reuters) - A Rússia desencadeou seu segundo grande ataque à infraestrutura de energia da Ucrânia neste mês nesta quinta-feira, cortando a energia de mais de 1 milhão de pessoas no oeste, sul e centro do país.

O presidente Vladimir Putin disse que Moscou atacou em resposta aos ataques da Ucrânia ao território russo com mísseis ATACMS de médio alcance dos Estados Unidos. Segundo ele, futuros alvos da Rússia podem incluir "centros de tomada de decisão" em Kiev.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, acusou a Rússia de uma "escalada desprezível", dizendo que ela havia usado mísseis de cruzeiro com munições de fragmentação.

Danos a instalações de infraestrutura foram registrados em nove regiões do país, informou o Ministério do Interior da Ucrânia.

O ataque reforçou os temores de longos cortes de energia durante os meses de inverno, quando que as temperaturas em toda a Ucrânia ficam em torno de zero.

As autoridades ucranianas disseram que esse foi o 11º grande ataque ao sistema de energia desde março. A Rússia derrubou cerca de metade da capacidade de geração disponível da Ucrânia durante o curso da guerra, danificou o sistema de distribuição e forçou as autoridades a impor longos apagões.

De acordo com os militares da Ucrânia, a Rússia usou 91 mísseis e 97 drones no ataque de quinta-feira.

A Força Aérea disse que abateu 79 mísseis e 35 drones, enquanto 62 drones foram "perdidos", o que significa que provavelmente foram afetados pela guerra eletrônica.

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Uma fonte do setor de energia afirmou que a Ucrânia havia desconectado várias unidades de energia nuclear da rede durante o ataque russo. A Ucrânia obtém mais da metade de sua eletricidade de usinas nucleares.

Todos os mísseis ou drones direcionados a Kiev foram derrubados, segundo as autoridades.

Mais de 33 meses depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, a guerra está em um momento crítico, com as forças terrestres russas avançando em seu ritmo mais rápido até agora neste ano na região de Donetsk.

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