Assessora da oposição da Venezuela confinada em residência argentina diz estar em uma "prisão"
CARACAS (Reuters) - A residência diplomática argentina em Caracas, onde cinco membros da oposição venezuelana estão hospedados para evitar serem presos, tornou-se uma “prisão”, disse no sábado um membro da oposição que está no local.
A residência está sem energia há mais de um mês, disse Magalli Meda, assessora da líder da oposição Maria Corina Machado, no X.
“É uma violação dos nossos direitos humanos. Tornou-se uma prisão dentro da embaixada”, ela escreveu.
O governo venezuelano alega que o corte de energia ocorreu depois que a residência não pagou a conta de luz.
Os membros da oposição estão confinados na residência desde que foram emitidos mandados de prisão contra eles em março.
Em julho, a Venezuela realizou eleições presidenciais contestadas nas quais tanto o presidente Nicolas Maduro quanto o candidato da oposição Edmundo Gonzalez reivindicaram vitória. A oposição apresentou contagens detalhadas de votos a seu favor, enquanto Maduro não fez o mesmo.
Desde então, Gonzalez fugiu para a Espanha, enquanto Machado, que foi impedido de concorrer nas eleições de julho, está escondido.
A Argentina e o Peru apoiaram a vitória eleitoral da oposição, causando atrito diplomático com o governo de Maduro. Desde então, o Brasil assumiu o controle das operações das embaixadas de ambos os países na Venezuela.
"Nenhum embaixador veio a esta embaixada. Nem um. Eles tentaram? Certamente, alguns teriam desejado", disse Meda.
A Venezuela e a Argentina estão atualmente em um conflito diplomático devido à detenção de um agente de segurança argentino na Venezuela no início deste mês.
O governo argentino alega que o homem viajou para visitar a família no país, enquanto o governo de Maduro o acusou de fazer parte de um plano terrorista de direita contra o governo.
(Reportagem de Deisy Buitrago)
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