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França: Implosão de partidos tradicionais favorece extremos na oposição

17/05/2018 16h18

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (17) na França mostrou que, diante da implosão dos partidos tradicionais franceses - que amargaram resultados historicamente ruins na ...

A pesquisa do instituto Odexa-Denstu Consulting, encomendada pelo jornal Le Figaro e a emissora Franceinfo, afirma que, para 42% da população, Mélenchon é a maior figura da oposição na atualidade. O líder da esquerda desponta até entre os simpatizantes do Partido Socialista: 67% deles percebem Mélenchon como o melhor opositor ao atual presidente. Ex-candidato na eleição presidencial, o fundador da França Insubmissa ficou em quarto lugar no pleito, com 19,5% dos votos.

Marine Le Pen, por sua vez, aparece como a segunda maior figura da oposição, embora bem atrás do líder de esquerda, com 29%. Já os representantes de Os Republicanos e do Partido Socialista – respectivamente, dos ex-presidentes Nicolas Sarkozy e François Hollande – são pouco lembrados pelos franceses. Apenas 17% citaram Laurent Vauquiez (Os Republicanos) e 9% mencionaram o socialista Olivier Faure.

Desilusão com os políticos

A sondagem também mostra o quanto os franceses estão desiludidos com os políticos como um todo. Jean-Luc Mélenchon tem uma imagem ruim para 57% dos questionados e Marine Le Pen é mal vista por 64%. Apenas 17% têm uma opinião favorável de Vauquiez (55% têm uma imagem negativa do líder republicano) e nada menos do que 62% afirmam não conhecer suficientemente Olivier Faure para avaliá-lo: apenas 10% têm uma imagem positiva do secretário-geral do PS.

O líder do partido República Em Marcha, Christophe Castaner, fundado por Macron, também não fica atrás: 32% dos franceses dizem ter uma imagem ruim dele, e 46% afirmam não conhecê-lo o bastante.

Ainda assim, é o partido do atual presidente francês que mais agrega potencial de votos: 38% dos franceses poderiam “certamente ou provavelmente” votar no República Em Marcha, contra 31% no Republicanos, 27% na Frente Nacional, 26% no Partido Socialista e 25% na França Insubmissa.