OTAN e UE pressionam Rússia a assumir responsabilidade na queda do MH17
A equipe internacional que investiga o desastre com o voo MH17, em que morreram 298 pessoas, revelou pela primeira vez na quinta-feira (24) que uma brigada militar russa transportou o míssil utilizado para derrubar o avião. O aparelho fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi atingido pelo armamento.
"A UE faz um apelo à Federação Russa para que aceite sua responsabilidade e coopere plenamente com todos os esforços para estabelecer os autores da infração", disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
Em outro comunicado, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, também pediu à Rússia para que "aceite a responsabilidade e coopere". "A derrubada do MH17 foi uma tragédia mundial e os responsáveis devem prestar contas", enfatizou o dirigente da Aliança Atlântica.
A equipe de investigação da brigada criminal da polícia de Amsterdã concluiu que o míssil BUK-Telar que derrubou a aeronave do voo MH17 veio da 53ª Brigada de Mísseis Antiaéreos estabelecida em Kursk, na Rússia, afirmou o investigador holandês Wilbert Paulissen.
Os investigadores já haviam concluído que o avião foi derrubado por um míssil BUK de fabricação russa, lançado de território ucraniano controlado pelos separatistas pró-Moscou da região de Donetsk. A equipe conseguiu reconstiruir o caminho pelo qual o míssil foi transportado, de Kursk, a 100 km da fronteira com a Ucrânia, utilizando vídeos e fotos.
Rússia desafia equipe de investigação
Moscou nega a acusação e afirma que nenhum projétil com tais características atravessou a fronteira entre Rússia e Ucrânia. O governo russo sempre colocou a culpa do acidente na Ucrânia.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse hoje que a Holanda não dispõe de "nenhuma prova" para acusar a Rússia. Lavrov afirma que o governo holandês "especula [sobre esse caso] para fins políticos". Ele relatou ter conversado por telefone com o ministro holandês das Relações Exteriores, Stef Blok, "que não me deu qualquer prova".
Após a queda do avião, a UE ampliou em julho de 2014 os pacotes de sanções contra a Rússia por seu papel no conflito na Ucrânia, com medidas contra setores de energia, defesa e bancos russos, que foram prorrogadas desde então.
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