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Pressionada pela UE, Theresa May propõe zona de livre-comércio entre Reino Unido e bloco europeu

06/07/2018 18h02

A primeira-ministra britânica Theresa May anunciou nesta sexta-feira (6) que seu governo, dividido a respeito da saída do bloco europeu, chegou a um acordo comum.

O anúncio veio após uma reunião de seu governo em Chequers, a residência de férias dos primeiros-ministros britânicos, no noroeste de Londres. As negociações entre May e seus ministros duraram horas e chega atrasada, em um contexto de impaciência da União Europeia que exige explicações de como será a relação entre o Reino Unido e os outros países europeus quando o Brexit começar a valer.

“Nossa proposta é criar uma zona de livre-comércio entre o Reino Unido e a UE, com um conjunto de regras envolvendo os bens industriais e os produtos agrícolas”, declarou em um comunicado a dirigente conservadora. “Precisamos, agora, aceerar as negociações para oferecer um futuro próspero e seguro a nosso povo.”

A zona de livre-comércio permitirá ao Reino Unido ter um “regulamento comum de todos os bens” e das fronteiras. Além disso, o projeto dará aos britânicos seus próprios direitos alfandegários e acordos de livre-comércio.

Ainda restam muitas perguntas sem respostas

É uma proposta que será positiva para o Reino Unido e para a União Europeia e espero que ela será bem recebida”, afirmou May, prudente quanto à reação de Bruxelas. “É uma nova etapa importante em nossas negociações com a UE. Mas, é claro, nós temos ainda muito o que fazer para ter certeza de que vamos chegar ao fim das negociações até outubro”.

Ainda restam nove meses para que o Reino Unido deixe a UE e três para encontrar um acordo com o bloco. Theresa May está sob intense pressão dos europeus e das empresas para que ela apresente uma solução. O responsável pelas negociações do Brexit de Bruxelas, Michel Barnier, reafirmou, antes da proposta de zona de livre-comércio, que havia muitas questões sem respostas.