Imprensa internacional chama briga de juízes sobre libertação de Lula de "telenovela"
“O Brasil viveu nesse domingo uma verdadeira telenovela”. Foi com essa frase que a correspondente do canal de televisão France24 no Rio de Janeiro, Fanny Lothaire, começou a explicar o “ping-pong judiciário” entre o desembargador que assinou o alvará de soltura de Lula, o juiz Sérgio Moro e o relator da Lava Jato no TRF-4, Gebran Neto.
“Um juiz ordena a liberação enquanto outro bloqueia”, dá em título a revista francesa Obs, lembrando que o anúncio de Favreto “caiu como uma bomba no Brasil”. Já o diário francês Libération fala de “queda de braço jurídica” e o Le Monde evoca um “coup de Théâtre” a menos de três meses da eleição presidencial.
O jornal português Público diz que a sucessão de ordens judiciais “apanhou de surpresa os meios políticos, jurídicos e jornalísticos brasileiros”. Mesmo tom do lado do canal de televisão do Catar Al Jazeera, para quem o anúncio da liberação foi uma “decisão surpreendente”, enquanto o jornal espanhol ABC publica em seu site uma cópia do alvará de soltura assinado por Favreto.
A mídia internacional passou horas noticiando em seus sites as diferentes decisões dos magistrados, tentando saber quem tinha dado a última ordem.
O diário norte-americano The New York Times também traz um relato detalhado desse domingo no Brasil, e fala de uma “saga, que começou logo pela manhã”. Rapidamente, “os defensores do Partido dos Trabalhadores, na esperança de que a ordem inicial [de Favreto] prevalecesse, se reuniram do lado de fora do prédio da Polícia Federal na cidade de Curitiba, onde ele está detido desde abril”, conta o jornal.
Os diferentes veículos lembram que Lula aparece como favorito na corrida presidencial, mesmo estando na prisão, e que muitos viram nesse habeas corpus uma possibilidade para o petista de concorrer ao cargo máximo do país. Porém, ressalta o diário belga La Libre, “mesmo se for solto, ele terá provavelmente sua candidatura invalidada pelo Tribunal Eleitoral, em razão da lei que proíbe que um candidato que já tenha sido condenado concorra”.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.