Onda de calor mata pelo menos 70 pessoas no Canadá
De acordo com o Ministério da Saúde do estado do Québec, só na capital, Montreal, 34 pessoas morreram vítimas das altas temperaturas que atingiram o país nos últimos dias.
Desde o início de julho, uma forte onda de calor atinge o leste do Canadá e particularmente a província do Quebec, acostumada ao frio que pode chegar a 30 graus negativos no inverno. As mortes foram, em princípio, provocadas pelas altas temperaturas, mas as autópsias vão definir se outras causas puderam influenciar no estado de saúde dos pacientes. Cerca de 60% das vítimas são homens que vivem sozinhos em prédios sem ventilação.
Segundo as autoridades canadenses, as temperaturas voltaram a cair na região e o risco de novos incidentes diminuiu. Mas o episódio trouxe à tona a situação em alguns hospitais. Muitos deles, segundo o Conselho para a Proteção dos Pacientes, não têm ar-condicionado, e muitas vezes os próprios pacientes devem pagar um “extra” pelo ar fresco, em quartos onde as temperaturas ultrapassam os 30 graus.
Abrigos para cães têm ar-condicionado
“Os abrigos para animais têm ar-condicionado, talvez possam inspirar os locais onde se recebem pessoas”, alfinetou o presidente do Conselho, Paul Brunet, em entrevista à rádio Canadá. Na última sexta-feira (6), o órgão pediu a abertura de uma investigação independente sobre o número de mortes causada pelo calor. Há suspeitas de que pessoas com a saúde frágil tenham morrido em um centro de tratamento.
O primeiro-ministro do Quebec, Philippe Couillard, admitiu que é importante prever, nos futuros hospitais, “uma ventilação mais adequada.” No Twitter, o premiê canadense, Justin Trudeau, enviou condolências às famílias das vítimas. Em 2010, uma onda de calor deixou mais de 100 mortos na região de Montreal.
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