Pai de última refém do Boko Haram prefere que filha continue presa se tiver que se converter ao Islã
Leah, 15 anos, foi sequestrada em uma escola da Nigéria em 19 de fevereiro junto com uma centena de meninas com idades entre 11 e 19 anos. Desde então, todas as suas colegas de cativeiro foram libertadas, mas ela permanece detida.
Segundo as demais adolescentes devolvidas às suas famílias, a jovem, que é cristã, foi mantida por ter se recusado a se converter ao Islã. Essa seria uma das exigências feitas pelos membros do Boko Haram, grupo cujo nome significa “educação ocidental é um pecado”.
Em entrevista exclusiva à RFI, o pai de Leah, Nathan Sharibu, confirma que a filha continua detida por ter se negado à conversão religiosa. “É por isso que eles a mantém em cativeiro. Eu também não concordo com a conversão ao Islã, e se for assim, prefiro que ela continue lá. Eu aprecio que ela se comporte assim, pois foi dessa forma que eu a eduquei”.
Uma suposta prova de vida da refém foi divulgada no início desta semana, por meio de um áudio. Na gravação, enviada à imprensa local, a jovem pede a ajuda do presidente nigeriano, Muhammadu Buhari. O governo ainda está verificando a autenticidade do arquivo.
“Ela pediu que o governo faça o possível para libertá-la. Nós também suplicamos para isso”, diz seu pai. “Eu choro. Toda a família chora”, continua, lembrando que não teve nenhum contato com a filha desde o sequestro em Dapchi, no estado nigeriano de Yobe.
O Boko Haram conduz desde 2009 ataques no nordeste da Nigéria que já mataram mais de 20 mil pessoas. Em 2014, a ação dos jihadistas, que são próximos do grupo Estado Islâmico, provocou uma onda de indignação global com o sequestro de 276 meninas em uma escola em Chibok.
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