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No Conselho de Segurança da ONU, Trump ataca o Irã e Macron desafia Moscou

26/09/2018 14h42

A luta contra a proliferação de armas nucleares, químicas e biológicas foi o tema de uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (26), convocada por iniciativa dos Estados Unidos e presidida por Donald Trump.

Nicolas Falez, enviado especial da RFI a Nova York

Como manda a tradição, foi com um toque de martelo que Donald Trump marcou simbolicamente o início da sessão especial que presidiu no Conselho de Segurança da ONU. E ele concentrou esforços no ataque ao Irã. Como na véspera, diante da Assembleia Geral da entidade, o presidente dos Estados Unidos acusou Teerã de todos os males do Oriente Médio e emitiu um alerta para aqueles que não respeitam as sanções norte-americanas.

"Qualquer indivíduo ou entidade que não respeite essas sanções terá que arcar com graves consequências", alertou o presidente dos EUA. “Peço a todos os membros do Conselho de Segurança para trabalhar com os Estados Unidos para garantir que o regime iraniano mude sua atitude e não consiga a bomba atômica", reiterou o chefe de Estado.

Divergências com Trump

O presidente francês Emmanuel Macron respondeu a Donald Trump alegando divergências com os Estados Unidos sobre a questão nuclear iraniana. Como no dia anterior, ele também alertou sobre o processo em andamento entre Washington e a Coreia do Norte, mas também levantou outras ameaças, como as armas químicas, mencionando a Síria, mas também a Rússia.

"Este ano, foi no território do Reino Unido e, portanto, da União Europeia, que outro agente neurotóxico foi utilizado, matando uma pessoa e ferindo outras quatro", disse o chefe de estado francês, fazendo alusão ao caso Skripal, o espião russo envenenado em Salisbury, em março passado.

"A França ressalta que compartilha a análise britânica de que não há outra explicação plausível [para o envenenamento] do que a responsabilidade da Rússia, e pede a Moscou que tome todas as medidas necessárias para pôr fim a essa ameaça”, declarou Macron.