Portugueses lançam movimento local dos "coletes amarelos"
Os protestos, que se inspiram das manifestações na França, foram marcados para esta sexta-feira (21), mas a jornada de mobilização teve menos adesão do que o esperado.
Os protestos, que se inspiram das manifestações na França, foram marcados para esta sexta-feira (21), mas a jornada de mobilização teve menos adesão do que o esperado.
Pelo menos 15 grupos formados nas redes sociais ameaçaram “parar Portugal”, convocando os portugueses insatisfeitos com seu poder aquisitivo a participar de cerca de 70 protestos, desfiles ou operações para bloquear estradas e acessos. Mas, até agora, foram registradas poucas perturbações.
A polícia portuguesa aguardava uma “forte mobilização” e organizou um importante dispositivo, principalmente em áreas consideradas críticas, como a ponte 25 de abril, que liga o rio Tejo a Lisboa. A circulação de carros, entretanto, estava normal, e o número de manifestantes era bem inferior ao de policiais.
Paralelamente, cerca de 50 manifestantes pacíficos bloquearam uma das avenidas que levam à praça Marques de Pombal, perto do centro histórico. No norte do país, as vias de acesso às cidades de Porto e Braga foram bloqueadas por grupos de dezenas de manifestantes, com poucos incidentes registrados com os motoristas.
“O povo em ação contra a corrupção”, estava escrito em um dos cartazes. Os “coletes amarelos”, que dizem se inspirar idos movimentos franceses, desejam “manifestar o descontentamento em Portugal”, de acordo com um manifesto publicado por um dos grupos. “Somos os cidadãos comuns de qualquer distrito português”, diz o comunicado, publicado em uma página no Facebook que tem mais de 5 mil seguidores.
Os “coletes amarelos” de Portugal garantem que não estão ligados a nenhuma “doutrina ou filosofia” e insistem no caráter pacífico do movimento no país, sem vandalismo ou violências como as que puderam ser observadas em vários finais de semana na França. Mas o Partido Nacional Renovador, de direita, pode se unir aos protestos em Lisboa, assim como a extrema-esquerda local, em Setúbal.
Menos impostos
Assim como na França, as reivindicações dos “coletes amarelos” em Portugal incluem a diminuição dos impostos e um aumento das aposentadorias, passando pela reforma do sistema eleitoral e do sistema público de saúde. Os portugueses também pedem a redução das taxas sobre produtos petrolíferos, eletricidade e financiamento do audiovisual, além da concessão de incentivos fiscais para micro e pequenas empresas.
Os manifestantes defendem ainda alta do salário mínimo no país para € 700 brutos e a adoção de medidas contra a corrupção. Ontem o governo português anunciou um aumento de € 20 no mínimo, que passou de € 580 para € 600 a partir de janeiro de 2019.
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