Bolsonaro desembarca em Washington para primeiro encontro com Trump
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro chega neste domingo (17) a Washington para sua primeira visita oficial a um governante de outro país. Protestos estão previstos durante a passagem do líder latino-americano pela cidade. Alguns veículos da imprensa local apresentam o encontro com Donald Trump como uma "cúpula da extrema direita".
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro chega neste domingo (17) a Washington para sua primeira visita oficial a um governante de outro país.Núria Saldanha, de Washington, especial para a RFI
O chefe de Estado brasileiro desembarca em Washington acompanhado de uma comitiva com seis ministros, entre eles Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), além de assessores e do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Na capital norte-americana, Bolsonaro tem um encontro marcado com o presidente Donald Trump na terça-feira (19) para discutir assuntos como a relação comercial entre os dois países, a influência chinesa na América Latina e os caminhos para solucionar a crise na Venezuela.
A expectativa é de que cinco acordos entre as duas nações sejam assinados durante a visita, entre eles a abertura da base de Alcântara, no Maranhão, para uso comercial. Com isso, os Estados Unidos e outros países vão poder alugar a base brasileira, que tem uma localização privilegiada, bem próxima a linha do Equador, para lançar foguetes com satélites.
“Aprendiz encontra o mestre”
A imprensa norte-americana destaca que os líderes representam as duas maiores democracias do continente. O jornal Washington Post está tratando o encontro como uma cúpula da extrema direita.
Alguns veículos citam o fascínio de Bolsonaro pelo presidente dos Estados Unidos, o que lhe rendeu o apelido de “Trump dos Trópicos”. A agência Bloomberg, diz que o brasileiro é um dos principais seguidores do estilo Trump de dirigir e que finalmente “o aprendiz vai encontrar o mestre”.
Bolsonaro será recebido com protestos em Washington
Um protesto contra a visita de Bolsonaro foi organizado pela "DC United Against Hate" (Distrito de Columbia unido contra o ódio). A entidade, uma coalizão de organizações socialistas, ativistas antifascistas e progressistas, orquestrou um ato para marcar a chegada da comitiva presidencial brasileira neste domingo.
Em sua estadia nos Estados Unidos, Bolsonaro vai ficar hospedado na Blair House, a 160 metros da Casa Branca, acompanhado de seus assessores diretos. É no local que presidentes, primeiros-ministros e monarcas se hospedam em viagens oficiais a Washington desde 1942. A segurança do líder brasileira será reforçada por agentes do serviço secreto americano e o presidente deve se movimentar de carro pela cidade, mesmo quando o trajeto for apenas atravessar a rua para entrar na Casa Branca.
Fim de visto para americanos no Brasil
Durante sua visita, Bolsonaro deve anunciar ainda o fim do visto para turistas americanos entrarem no Brasil, mas o gesto não deve ter reciprocidade diplomática americana. A medida também vai beneficiar australianos, canadenses e japoneses.
Em Washington, Bolsonaro vai participar também de reuniões com acadêmicos conservadores, líderes religiosos e empresários. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, está encarregado de conduzir as conversas com empresários sobre o futuro da economia brasileira, na segunda-feira (18), na Câmara de Comércio Brasil-EUA, onde o presidente também fará um pronunciamento.
A viagem de retorno da comitiva para o Brasil está marcada para terça-feira, 19, à noite. A viagem aos Estados Unidos inaugura uma intensa agenda internacional que conta com visitas a Israel e ao Chile ainda no mês de março.
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