Macron comemora "primeira vitória" contra o coronavírus e acelera relaxamento da quarentena
Em discurso realizado em cadeia nacional de rádio e televisão neste domingo (14), o presidente da França, Emmanuel Macron, comemorou "uma primeira vitória" contra o coronavírus. O chefe de Estado anunciou uma série de novas medidas que aceleram a fase dois do relaxamento da quarentena no país.
Todo o território francês - com exceção da ilha de Mayotte, no Oceano Índico, e da Guiana, na América do Sul - passarão a partir de segunda-feira (15) à cor verde no mapa do coronavírus. A mudança não significa que a doença deixou de circular, mas que há menos de 6% de admissão nas emergências dos hospitais e a taxa de ocupação das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) está abaixo de 60%.
"A partir de amanhã poderemos virar a página do primeiro ato da crise que acabamos de enfrentar", afirmou o presidente francês. Ele ressaltou que a luta contra a epidemia não terminou, mas essa é "uma primeira vitória contra o vírus".
Na segunda-feira, bares, cafés e restaurantes poderão reabrir em todo o país. Creches e escolas poderão receber todos os alunos a partir de 22 de junho "de maneira obrigatória e com regras de presença normais", ressaltou Macron. Além disso, visitas voltarão a ser autorizadas em casas de repouso para idosos.
O chefe de Estado também confirmou que a partir de segunda-feira os franceses poderão viajar dentro do espaço Schengen. Os deslocamentos internacionais serão permitidos a partir de 1° de julho.
Segundo ele, as aglomerações públicas continuam proibidas em todo o país. No entanto, os franceses poderão ir às urnas em 28 de junho para o segundo turno das eleições municipais.
Macron prometeu que o custo para manter as empresas em atividade e as pessoas empregadas durante a pior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial não será repassado às famílias através de impostos.
O governo estima que a economia da França terá retração de 11% em 2020.
A crise do coronavírus expôs a forte dependência da França e da Europa em geral em relação às cadeias de suprimentos globais, da indústria automobilística aos smartphones e produtos farmacêuticos, que foram paralisadas quando a epidemia começou na China.
"A única resposta é construir um novo modelo econômico mais forte, trabalhar e produzir mais, para não confiar nos outros", disse Macron.
Esse é o quarto pronunciamento de Macron desde o início da crise sanitária. Ele prometeu que fará um novo pronunciamento em julho "para precisar um novo caminho e lançar novas ações".
*Com informações da Reuters
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.