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Macron comemora "primeira vitória" contra o coronavírus e acelera relaxamento da quarentena

13.mai.2020 - O presidente francês Emmanuel Macron durante videoconferência para tratar sobre o coronavírus - Ludovic Marin/Pool/Reuters
13.mai.2020 - O presidente francês Emmanuel Macron durante videoconferência para tratar sobre o coronavírus Imagem: Ludovic Marin/Pool/Reuters

14/06/2020 16h01

Em discurso realizado em cadeia nacional de rádio e televisão neste domingo (14), o presidente da França, Emmanuel Macron, comemorou "uma primeira vitória" contra o coronavírus. O chefe de Estado anunciou uma série de novas medidas que aceleram a fase dois do relaxamento da quarentena no país.

Todo o território francês - com exceção da ilha de Mayotte, no Oceano Índico, e da Guiana, na América do Sul - passarão a partir de segunda-feira (15) à cor verde no mapa do coronavírus. A mudança não significa que a doença deixou de circular, mas que há menos de 6% de admissão nas emergências dos hospitais e a taxa de ocupação das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) está abaixo de 60%.

"A partir de amanhã poderemos virar a página do primeiro ato da crise que acabamos de enfrentar", afirmou o presidente francês. Ele ressaltou que a luta contra a epidemia não terminou, mas essa é "uma primeira vitória contra o vírus".

Na segunda-feira, bares, cafés e restaurantes poderão reabrir em todo o país. Creches e escolas poderão receber todos os alunos a partir de 22 de junho "de maneira obrigatória e com regras de presença normais", ressaltou Macron. Além disso, visitas voltarão a ser autorizadas em casas de repouso para idosos.

O chefe de Estado também confirmou que a partir de segunda-feira os franceses poderão viajar dentro do espaço Schengen. Os deslocamentos internacionais serão permitidos a partir de 1° de julho.

Segundo ele, as aglomerações públicas continuam proibidas em todo o país. No entanto, os franceses poderão ir às urnas em 28 de junho para o segundo turno das eleições municipais.

Macron prometeu que o custo para manter as empresas em atividade e as pessoas empregadas durante a pior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial não será repassado às famílias através de impostos.

O governo estima que a economia da França terá retração de 11% em 2020.

A crise do coronavírus expôs a forte dependência da França e da Europa em geral em relação às cadeias de suprimentos globais, da indústria automobilística aos smartphones e produtos farmacêuticos, que foram paralisadas quando a epidemia começou na China.

"A única resposta é construir um novo modelo econômico mais forte, trabalhar e produzir mais, para não confiar nos outros", disse Macron.

Esse é o quarto pronunciamento de Macron desde o início da crise sanitária. Ele prometeu que fará um novo pronunciamento em julho "para precisar um novo caminho e lançar novas ações".

*Com informações da Reuters