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Reino Unido publica lista de organizações que desrespeitam direitos humanos

Lista tem 20 sauditas suspeitos de terem participado do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi - Getty Images
Lista tem 20 sauditas suspeitos de terem participado do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi Imagem: Getty Images

06/07/2020 13h53

O Reino Unido anunciou hoje sanções contra 49 pessoas e organizações, especialmente russas e sauditas, dentro de um mecanismo colocado em prática por Londres para punir violações aos direitos humanos.

Uma lista foi publicada pelo Ministério de Relações Internacionais britânico. Ela compreende 25 russos acusados de estarem envolvidos na morte, em detenção, em 2009, de Sergueï Magnitski, jurista de fundos de investimentos da Hermitage Capital.

Entre os nomes, também figura Alexandre Bastrykine, chefe do poderoso Comitê de investigação, organismo ligado ao Kremlin, responsável pelas principais investigações na Rússia.

A lista inclui, também, 20 sauditas suspeitos de terem participado do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, em Istambul. Além de dois generais de Mianmar suspeitos de abusarem da minoria muçulmana rohingya. Duas organizações envolvidas em "trabalho forçado, tortura e assassinato em campos na Coréia do Norte também estão incluídos.

Diante dos deputados, o ministro britânico de Relações Internacionais, Dominic Raab, descreveu as sanções como uma "ferramenta que permite ao Reino Unido visar os autores [das violações de direitos humanos] sem punir a população desses países".

Elas "enviam uma mensagem clara do povo britânico aqueles que têm sangue nas mãos, aos déspotas e ditadores : eles não poderão vir a esse país, comprar propriedades na King's Road, fazer suas compras de natal em Knightsbridge ou desviar seu dinheiro sujo através de bancos britânicos ", advertiu, citando bairros chiques de Londres muito frequentados por estrangeiros ricos.

Esse mecanismo permite ao Reino Unido, centro financeiro através do qual circulam ou são depositados ativos pertencentes a muitas grandes fortunas do planeta, adotar sanções específicas contra violações de direitos humanos, independentemente da ONU ou da União Europeia.