México recruta voluntários para testar "Patria", sua vacina anticovid
O México começou a recrutar voluntários para o primeiro ensaio clínico de sua vacina contra a Covid-19, batizada de "Patria". A informação foi confirmada nesta terça-feira (13) por María Elena Álvarez-Buylla, diretora geral do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Conacyt).
Os lotes com o imunizante desenvolvido pelo laboratório mexicano Avimex já estão prontos, disse Álvarez em coletiva de imprensa ao lado do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador. "Estamos na fase de recrutamento", confirmou a diretora do Conacyt.
Segundo ela, para realizar o primeiro ensaio da vacina Patria, "entre 90 e 100 adultos saudáveis serão recrutados na Cidade do México". A análise dos resultados será realizada entre abril e maio.
"Devemos ser autossuficientes no fundamental", acrescentou o presidente López Obrador. "Não é pouca coisa [desenvolver o imunizante], porque aqueles que fabricam vacinas decidem se permitem ou não que saiam de seu território. Há países que não têm permitido a saída de vacinas. E essa vacina é para o México e outros países", acrescentou López Obrador.
Se esta e as duas fases seguintes dos testes forem bem-sucedidas, a vacina poderá ser submetida em dezembro à autoridade sanitária mexicana, Cofepris, para sua autorização, destacou Álvarez-Buylla.
Testada em ratos e porcos
O governo mexicano destinou 150 milhões de pesos (US$ 7,4 milhões) para o desenvolvimento desta vacina, até agora testada em ratos e porcos. O imunizante mexicano estimula a produção de anticorpos semelhantes aos de pacientes convalescentes.
Com 126 milhões de habitantes, o México imunizou 11,7 milhões de pessoas até segunda-feira (12) e recebeu 16,9 milhões de vacinas da Pfizer-BioNTech, AstraZeneca, SinoVac, Sputnik V e Cansino. Questionada sobre a capacidade de produção do imunizante mexicano, Álvarez-Buylla se limitou a dizer que o laboratório Avimex prometeu alocar duas fábricas para o processo de fabricação.
O governo de López Obrador já investiu cerca de US$ 3,6 bilhões na luta contra o coronavírus. Por isso, em relação ao custo de produção do imunizante mexicano, Álvarez-Buylla destacou que "será em média 885% menor que a vacina mais cara (que existe no mercado)".
O México é um dos países do mundo mais afetados pela pandemia em números absolutos, com quase 210.000 mortes e mais de 2 milhões de pessoas contaminadas. Mas as autoridades locais admitiram recentemente que o balanço real de vítimas fatais é, provavelmente, ao menos 60% superior.
(Com informações da AFP)
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