Joe Biden promete impedir uma invasão russa da Ucrânia
A comunidade de inteligência norte-americana está em alerta desde que coletou evidências de que a Rússia planeja uma invasão em breve à Ucrânia. As informações da inteligência norte-americana coletadas ao longo dos últimos meses incluem movimentações de tropas e indícios de planos de invasão que poderiam ocorrer no início de 2022.
Sabemos que a dependência de gás russo existente na Europa Ocidental é enorme. E ninguém sabe mais disso do que Vladimir Putin. A inteligência coletada pelos EUA atribuem a movimentação russa, entre outros fatores, ao inverno europeu que aumenta, de forma substancial, a dependência europeia.
Hoje, já temos aproximadamente 94 mil soldados russos na fronteira, incluindo tropas de assalto rápido, tradicionalmente utilizadas em invasões russas. Moscou sabe que os EUA dificilmente farão qualquer outra coisa além de aplicar novas sanções contra o país. Consequentemente, entendem que a pressão norte-americana para que a União Europeia aplique sanções fortes trazem o empecilho da Europa não ter altrnativa ao gás russo.
A grande dúvida será sobre qual lado fará mais pressão sobre os europeus: os norte-americanos demandando forte sanções em nome da OTAN ou a Rússia regulando o fornecimento de gás?
A solução dessa dúvida reside muito mais em Berlin do que em Bruxelas. Sabendo disso, os EUA dividiram com a Alemanha inteligência que geralmente não é dividida com os teutônicos. Tudo isso no esforço de ter a principal potência europeia ao lado das sanções desenhadas preventivamente pela administração de Joe Biden.
O futuro é bastante incerto. Mas uma coisa podemos ter (quase) certeza. Toda essa movimentação russa já passou do ponto de um blefe. Claro que Putin pode ordenar que as tropas fiquem na fronteira por um bom tempo, ultrapassando a estimativa dada pelos norte-americanos de que a invasão ocorra no início de 2022.
Mesmo assim, caso desista, Putin precisará de uma boa razão para não transparecer fraqueza perante o povo russo, que apoia em sua maioria as ações sobre a Ucrânia.
O maior temor de Putin é o de que a Ucrânia, cedo ou tarde, se junte à União Europeia, ou pior, à OTAN. Isso representaria uma vantagem estratégica militar e geopolítica enorme. Por isso, a invasão é vista como a única alternativa possível.
A invasão tem tudo para acontecer. As sanções também. Mas isso não parece importar muito a Putin, colocando a Europa em estado de alerta.
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