Israel e Suíça registram primeiros casos de varíola do macaco enquanto Espanha compra vacinas
Israel e Suíça registraram neste sábado (21) os primeiros casos de varíola do macaco em seus territórios. Outros casos da doença, que é endêmica no centro e no oeste da África, foram confirmados no começo da semana na Europa e na América do Norte. O Centro europeu de prevenção e controle de doenças (ECDC) não descarta vacinação para deter possível epidemia. A Espanha, país europeu mais afetado, já encomendou milhões de doses do imunizante para varíola.
Israel e Suíça registraram neste sábado (21) os primeiros casos de varíola do macaco em seus territórios. Outros casos da doença, que é endêmica no centro e no oeste da África, foram confirmados no começo da semana na Europa e na América do Norte. O Centro europeu de prevenção e controle de doenças (ECDC) não descarta vacinação para deter possível epidemia. A Espanha, país europeu mais afetado, já encomendou milhões de doses do imunizante para varíola.
O israelense contaminado é um homem de 30 anos que voltou recentemente da Europa, de acordo com um porta-voz do hospital Ichilov de Tel Aviv. Na sexta-feira (20), o ministério de Saúde israelense informou que o homem, que tem sintomas leves, teve contato com um doente durante a viagem.
Na Suíça, o primeiro caso é de uma pessoa do cantão de Berna que também voltou de uma viagem a outro país. Um mapeamento dos contatos do paciente, para identificar eventuais cadeias de transmissão foi realizado, de acordo com as autroidades locais em um comunicado. A pessoa infectada está em isolamento em seu domicílio e todos os contatos foram informados, de acordo com a mesma fonte.
França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia, Espanha e Canadá registraram casos da doença.
A maioria dos casos recentes nos países ocidentais, foram observados entre homens que tiveram relações sexuais com outros homens, de acordo com a OMS, que indicou na sexta-feira (20) que deve estudar a transmissão do vírus entre homossexuais.
Vacinação
A evolução da doença preocupa as autoridades sanitárias. As contaminações podem aumentar no continente europeu, de acordo com o diretor do braço da OMS na Europa, na sexta-feira, em comunicado, precisando, no entanto, que a maior parte das infecções eram leves.
Para evitar uma epidemia, o Centro europeu de prevenção e controle de doenças (ECDC), não descarta uma vacinação com imunizantes para a varíola. "Se o país conta com vacinas contra a varíola, a vacinação de contatos próximos e de alto risco deve ser vislumbrada após uma avaliação da relação risco/benefício", recomenda o ECDC.
Diante do aumento de casos no território espanhol, o ministério da Saúde da Espanha se adiantou e encomendou milhões de doses de vacina contra a varíola. A Espanha é o país com maior número de contaminações pelo vírus no mundo, com 30 casos confirmados.
Doença rara
A varíola do macaco, ou "ortopoxvirosis simia" é uma doença rara que pode ser transmitida do animal ao homem e vice-versa.
Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados em casos de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e dorsais durante os primeiros cinco dias. Depois, aparecem erupções na pele do rosto, nas palmas das mãos e nos pés.
Não existem tratamentos ou vacinas específicos contra o vírus, mas é possível conter os surtos, explica a Organização Mundial de Saúde (OMS). Geralmente a doença se cura de maneira espontânea e os sintomas duram entre 14 e 21 dias.
Os casos graves são mais frequentes em crianças e estão ligados à exposição ao vírus, ao estado de saúde do paciente e à gravidade das complicações. A taxa de letalidade pode variar muito, segundo as epidemias, mas foi inferior a 10% em todos casos documentados.
A transmissão entre seres humanos acontece através do contato com as secreções das vias respiratórias e com as lesões cutâneas de uma pessoa contaminada, ou de objetos contaminados.
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