Dois são indiciados por ligação com terrorista que matou suecos em Bruxelas
Dois tunisianos domiciliados na França foram indiciados na noite de segunda-feira (24) por um juiz francês, por suspeita de ligação com o autor do atentado em Bruxelas na semana passada, que matou dois cidadãos suecos.
Os suspeitos têm idades entre 40 e 50 anos, segundo fontes próximas do caso. O homem de cerca de quarenta anos, que "vive na França há quase vinte anos", "contesta" as acusações, garantiu seu advogado à AFP.
"Ele não tem nada a ver com o ataque", disse Souleymen Rakrouki. O agressor "é um amigo que conhecia há muito tempo, em quem não via qualquer sinal de radicalização. Nunca poderia ter imaginado tal ato", insistiu o advogado do suspeito.
O anúncio foi feito pelo Ministério Público encarregado de investigações antiterroristas nesta manhã. O MP também indicou que os dois homens estão em detenção provisória. Outros dois homens, que haviam sido presos na França na semana passada também suspeitos de envolvimento no caso, foram libertados sem acusação.
O autor do ataque em Bruxelas, um tunisiano de 45 anos que matou dois cidadãos suecos, foi morto um dia depois pela polícia belga. Ele era visado há um ano por um mandado de extradição à Tunísia.
Falso alarme de bomba
Um homem de 37 anos foi condenado na segunda-feira a oito meses de prisão com sursis por ter feito um falso alerta a bomba que resultou na retirada de 11 mil turistas do Palácio de Versalhes, na região parisiense.
O suspeito foi detido na última sexta-feira (20), um dia após ter ligado para o local alertando para o perigo de uma explosão iminente. O condenado, que sofre de esquizofrenia, admitiu ter feito o alerta após ter visto na televisão notícias sobre as retiradas de visitantes do Palácio de Versalhes por ameaças terroristas. Até o momento, o castelo foi esvaziado sete vezes nos útimos dias.
A França é palco de uma onda de falsos alertas a atentados contra aeroportos, estações de trem, escolas e monumentos desde o início da nova fase do conflito entre Israel e o Hamas.
No dia 13 de outubro, o professor Dominique Bernard foi assassinado em Arras, no norte do país, por um ex-aluno de nacionalidade russa, de origem chechena, e conhecido por ter se radicalizado ao islamismo.
*Com agências