Lufthansa anuncia que pode cancelar até 90% dos voos em aeroportos da Alemanha devido à greve
A companhia aérea Lufthansa planeja cancelar até 90% dos seus voos na quarta-feira (7), nos aeroportos alemães devido a uma convocação à greve envolvendo o pessoal de terra da empresa por aumentos salariais.
"Devido à greve, presumimos atualmente que cerca de 10% a 20% dos voos programados da Lufthansa Airlines serão possíveis em 7 de fevereiro", disse a empresa em seu site na terça-feira.
O sindicato alemão Verdi lançou um apelo a uma greve de advertência como parte de um conflito sobre os salários dos agentes de terra, desde os funcionários da manutenção até os de relação com clientes, o que corresponde a cerca de 25.000 empregados.
A paralisação junta-se a uma longa lista de conflitos sociais que duram já vários meses em empresas na Alemanha, onde a inflação que corrói o poder aquisitivo aumenta as tensões entre os trabalhadores e a gestão nas negociações anuais de salários.
O sindicato Verdi exige um aumento de 12,5% nos salários do pessoal de terra por um período de 12 meses.
A greve de 24 horas afetará o maior aeroporto da Alemanha, Frankfurt, bem como os de Munique, Hamburgo, Berlim e Düsseldorf. A Lufthansa pede aos viajantes que só compareçam ao aeroporto se seu voo não tiver sido cancelado.
"Devido à greve, infelizmente os balcões de remarcação ficarão sem pessoal", explica a empresa.
Alternativas
Os viajantes retidos podem reservar outro voo "gratuito" no site da empresa. Para viajantes que reservaram voo doméstico na Alemanha, é possível converter a passagem aérea em voucher de passagem de trem.
Verdi, que exige pelo menos mais € 500 euros no vencimento mensal e um bônus de compensação da inflação de € 3.000, não está satisfeito com as concessões da Lufthansa consideradas "totalmente insuficientes".
Os funcionários da companhia aérea "já têm cerca de 10% menos nos bolsos do que há três anos" devido à inflação, enquanto o grupo registra "lucros recordes", explicou Marvin Reschinsky, chefe de negociações da Verdi, num comunicado de imprensa na segunda-feira (5).
A empresa argumenta que sua oferta prevê aumentos de "mais de 13%" num período de 3 anos, e o pagamento de "bônus significativos contra a inflação".
As negociações entre sindicato e administração deverão ser retomadas no dia 12 de fevereiro em Frankfurt.
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