China e UE não chegam a acordo sobre preço de carros elétricos: negociações tropeçam em "grandes diferenças"
As discussões em Bruxelas sobre os direitos aduaneiros impostos pela União Europeia (UE) aos veículos elétricos importados da China terminaram com a conclusão de que ainda existem "grandes divergências", anunciou neste sábado (12), o ministério da Agricultura chinês.
Sobre a espinhosa questão dos automóveis elétricos, discutida nos últimos dias entre Bruxelas e Pequim, ainda "permanecem diferenças significativas entre as duas partes", afirmou o ministério chinês, em um comunicado à imprensa. Os negociadores "fizeram progressos significativos em certas áreas", informou a mesma fonte, mas "não chegaram a uma solução aceitável para ambas as partes".
Pequim convidou os negociadores da UE para a próxima rodada de negociações, na China.
"Atitude construtiva"
"Esperamos que a UE possa tomar providências para visitar a China o mais rapidamente possível e acelerar as consultas com uma atitude construtiva, de modo a alcançar uma solução adequada o quanto antes", sublinhou este comunicado.
Em votação recente, os países membros da UE confirmaram a imposição de direitos aduaneiros sobre os carros elétricos importados da China, apesar da oposição dos alemães, que temem uma guerra comercial com Pequim.
"Práticas protecionistas injustas e irracionais"
A Comissão Europeia tem agora liberdade para acrescentar ao imposto de 10% já em vigor uma sobretaxa de até 35% sobre os veículos a bateria fabricados na China. Estes direitos compensatórios deverão entrar em vigor no final de outubro de 2024.
Pequim, que por sua vez denunciou "práticas protecionistas injustas e irracionais", já respondeu lançando investigações antidumping visando a carne de porco, os produtos lácteos e o conhaque importados da Europa.
Desde 20 de setembro, representantes de Pequim e dos vinte e sete países da UE realizaram oito rodadas de negociações em Bruxelas.
(Com RFI e AFP)
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