Polícia afirma que não fará a reconstituição do massacre de Realengo
A polícia não fará a reconstituição do massacre de Realengo, que terminou com a morte de 12 adolescentes e do próprio autor do ataque, Wellington Menezes de Oliveira, 23, na última quinta-feira (7). Para os investigadores, como a autoria e a dinâmica do crime já são conhecidas, não haverá necessidade de reconstituição. Hoje, a escola municipal Tasso da Silveira foi lavada e organizada para que as aulas sejam retomadas na semana que vem.
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A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, que está á frente das investigações do caso, descarta a hipótese de que o massacre tenha sido cometido por motivação religiosa. Os investigadores também não acreditam na ligação do assassino com grupos extremistas.
Um psicólogo forense do Instituto Médico Legal (IML) terá 30 dias para traçar um perfil psicológico de Oliveira. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) também irá investigar os hábitos do assassino no uso da internet. As informações serão enviadas à DH, que possui um prazo de 30 dias –prorrogáveis por mais trinta– para concluir o caso.
Embora os investigadores da DH ainda aguardem a conclusão de todos os laudos relacionados ao ocorrido, o delegado Felipe Ettore, titular da Divisão, acredita que o crime tenha sido cometido em decorrência de uma doença mental de seu autor.
Vendedor da arma
Está a cargo da Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos (DRAE) descobrir o paradeiro de um homem conhecido como Robson que teria vendido o revólver calibre 32 para os intermediários Izaías de Souza e Charleston Souza de Lucena, que concluíram a negociação com o atirador. Todos são moradores de Sepetiba, zona oeste do Rio, local para onde Oliveira se mudou após a morte da mãe adotiva.
Na negociação, a arma foi comprada por R$ 260. Izaías e Charleston, que ficaram com R$ 30 cada um, estão presos no presídio Ary Franco. Segundo relatos colhidos pela polícia, Robson não foi mais visto desde o Carnaval. Suspeita-se que ele esteja morto.
O corpo de Oliveira ainda está no IML esperando por identificação. Se nenhum familiar for reconhecer o corpo até o dia 23 de abril, ele será enterrado como indigente.
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