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Nascimentos, casamentos, mortes: o que mudou no Brasil em 40 anos?

Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Do UOL, no Rio

30/11/2015 10h00

Nos últimos 40 anos, os brasileiros passaram a viver mais e melhor, a mortalidade infantil caiu quase 90% e ações impensáveis no começo dos anos 1970 --como o divórcio legal e o casamento entre pessoas do mesmo sexo-- tornaram-se realidade.

É o que mostra a pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2014, divulgada nesta segunda-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que pela primeira vez compara os dados de 2014 com os de 1974, ano em que passou a sistematizar essas informações.

Confira abaixo dez das principais mudanças na vida dos brasileiros apontadas pelo IBGE.

  • Divulgação

    Mortalidade infantil em queda

    Em 40 anos, a mortalidade de crianças até cinco anos caiu 86,6%. Em 1974, as mortes de menores de cinco anos representavam 35,6% do total. Já em 2014, esse número caiu para 3,1%. A queda se repetiu nas mortes de menores de um ano, passando nas últimas quatro décadas de 28,2% para 2,7%. Leia mais

  • Ricardo Nogueira/Folha Imagem

    Brasil mais velho

    Os brasileiros estão vivendo mais e elevando a idade média de óbito, hoje concentrada na população acima dos 65 anos. Há 40 anos, as mortes da população nessa faixa etária representavam 27,3% do total. Em 2014, esse número passou para 56,9%. Enquanto em 1970 a expectativa de vida ao nascer era de 57,6 anos, hoje esse número está em 75 anos. Leia mais

  • Michele Souza/JC Imagem/Estadão Conteúdo

    Apenas 1% das crianças não são registradas

    Nas últimas décadas também caiu a taxa de sub-registro, diferença entre o percentual de nascimentos esperados para um ano e os nascimentos registrados. Em 1980, primeiro ano em que essa taxa foi adotada pelo IBGE, o percentual era de 23,8%. Em 2014, passou para 1%. Desde 2010, as certidões de nascimento são emitidas online e gratuitamente dentro das maternidades. Leia mais

  • Shutterstock

    Quase todos os nascimentos em hospitais

    Desde 1996, o percentual de partos em hospitais é superior a 95% dos nascimentos registrados, tendo alcançado 99,1% em 2014. Em apenas 20.998 dos registros de nascimentos, o equivalente a 0,7% do total, o parto foi no domicílio. Em 1974 esse número era de cerca de 60%.

  • Severino Silva/Estadão Conteúdo

    Mais mortes violentas

    A proporção de mortes violentas em relação ao total de óbitos cresceu 59%, indo de 6,4% em 1974 para 10,2% em 2014. Entre a população masculina, esse número, que representava 76,2% há 40 anos, chega em 2014 a 84,2%. Leia mais

  • Shutterstock

    Gravidez adiada

    Nas últimas quatro décadas, as mulheres brasileiras também passaram a ter filhos mais tarde. Entre 1976, primeiro ano que o IBGE coletou esse dado, e 2014, os nascimentos do grupo de mães de 30 a 34 anos cresceu 33%, passando de 15% para 20% do total. Os do grupo de 35 a 39 anos aumentaram 35%, indo de 7,4% a 10%. Leia mais

  • Mauro Pimentel/UOL

    Casamento deixado para depois

    Os brasileiros estão deixando para casar mais tarde. A idade média dos homens ao se casar passou de 27 anos em 1974 para 30 anos em 2014, enquanto a das mulheres passou de 23 para 27 anos. Já nas uniões homoafetivas, a idade média observada foi de 34 anos tanto para homens quanto mulheres em 2014, menor do que em 2013, primeiro ano em que o IBGE tabulou esse dado, quando eles tinham em média 37 anos, e elas, 35. Leia mais

  • Getty Images

    Dez vezes mais divórcios

    Em 1984, quando o IBGE passou a registrar também o número de divórcios no país, 30.847 casais se separaram. Esse número cresceu dez vezes nos últimos 30 anos, chegando a 341.181 separações em 2014. Enquanto em 1984 a taxa geral de divórcio da população (que representa o número de separações por 1.000 habitantes de 20 anos ou mais) era de cerca de 0,5%, no ano passado ela chegou a 2,41%.

  • Shutterstock

    40: idade de separar

    Assim como em 1984, primeiro ano em que o IBGE registrou também o número de divórcios no país, a idade média em que homens e mulheres se divorciam permaneceu na casa dos 40 anos. Como há 30 anos, as mulheres seguem se divorciando, em média, aos 40. No caso dos homens houve um aumento de um ano, passando de 43 para 44 anos.

  • Shutterstock

    Mais casos de guarda compartilhada

    Apesar de ser possível por lei desde 1977, a guarda compartilhada dos filhos após o divórcio passou a ser mais frequente só nos últimos anos. Em 1984 (quando o IBGE passou a registrar também o número de divórcios no país), 3,5% dos casais optavam por cuidar dos filhos conjuntamente após a separação. Em 2014, esse número passou para 7,5%, um aumento de 114% em 30 anos. Leia mais