Acesso a celular supera telefonia fixa em 159%, diz IBGE
Domicílios com acesso à internet no ano de 2008
Grandes Regiões e Unidades da Federação | Percentual (%) |
Norte | 10,6 |
Rondônia | 14,8 |
Acre | 16,6 |
Amazonas | 12,4 |
Roraima | 13,7 |
Pará | 8,2 |
Amapá | 9,1 |
Tocantins | 11,4 |
Nordeste | 11,6 |
Maranhão | 7,8 |
Piauí | 7,9 |
Ceará | 11,0 |
Rio Grande do Norte | 13,4 |
Paraíba | 12,2 |
Pernambuco | 11,9 |
Alagoas | 9,4 |
Sergipe | 15,5 |
Bahia | 13,5 |
Sudeste | 31,5 |
Minas Gerais | 23,3 |
Espírito Santo | 26,5 |
Rio de Janeiro | 33,4 |
São Paulo | 35,1 |
Sul | 28,6 |
Paraná | 29,8 |
Santa Catarina | 33,5 |
Rio Grande do Sul | 24,8 |
Centro-Oeste | 23,5 |
Mato Grosso do Sul | 20,0 |
Mato Grosso | 20,6 |
Goiás | 17,4 |
Distrito Federal | 45,4 |
BRASIL | 23,8 |
Estudo divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata uma realidade já vivenciada diariamente pela maioria dos brasileiros: o uso de telefones celulares ultrapassa - e muito - o acesso à telefonia fixa no país. De acordo com os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2010, no ano de 2008, a cada mil habitantes havia 794 acessos ao serviço de telefonia celular. No mesmo ano, os acessos à telefonia fixa alcançaram a marca de 306 acessos.
Desde 2003, quando a telefonia celular emparelhou com a fixa em número de acessos, a primeira não parou de subir. No ano seguinte, ela já era 31% maior. Em 2008, mais recente ano avaliado pelo IDS, o acesso ao celular já era 159% superior ao acesso à telefonia fixa, com uma diferença de 488 acessos a cada mil habitantes.
“O aumento no acesso à telefonia celular não foi nada espantoso, já era uma tendência esperada”, garante Denise Kronemberger, responsável pelos indicadores de dimensão social e institucional do estudo. A pesquisadora do IBGE ressalta a mobilidade física e a não obrigatoriedade do pagamento de uma taxa mensal de uso como algumas razões para o crescimento da telefonia móvel. Por outro lado, a quantidade de acessos à telefonia fixa chegou inclusive a cair 3,4% entre 2002 e 2007.
O Distrito Federal é a unidade federativa onde a densidade telefônica móvel alcança o maior índice – 1.348 a cada mil habitantes – concluindo-se que há pessoas com mais de uma linha de telefone celular. Logo atrás, aparece o Rio de Janeiro (969). Além disso, proporcionalmente, o Estado fluminense é o que mais concentra telefones fixos no país (502).
São Paulo, por sua vez, é o Estado que possui o maior número absoluto de linhas de telefone celular (37,9 milhões). Por outro lado, os mais baixos indicadores da telefonia, tanto fixa quanto móvel, foram registrados no Maranhão – 120 e 357, respectivamente.
Sudeste: 58% dos domicílios com acesso à web
Em 2001, 8,6% dos domicílios brasileiros possuíam acesso à internet. Já em 2008, a porcentagem subiu para 23,8%, equivalendo a um total de 13,7 milhões de residências.
Os percentuais das regiões Sudeste (31,5%) e Sul (28,6%) diferem sensivelmente dos registrados no Norte (10,6%) e Nordeste (11,6%). Num patamar intermediário, está a região Centro-Oeste (23,5%). Mais da metade de todos os domicílios brasileiros com acesso à internet estão localizados na região Sudeste – 58,2% precisamente. [Ver Tabela]
A exemplo do que ocorre no setor telefônico, a unidade federativa com a porcentagem mais alta de domicílios com acesso à web é o Distrito Federal (45,6%), ao passo que o Maranhão aparece como o Estado menos conectado (7,8%).
Denise Kronemberger admite, porém, que o indicador não assegura conclusões a respeito do acesso da população à internet. “Hoje em dia, muitas pessoas não têm computador em casa ou acesso à internet em casa, mas frequentam lan house, têm acesso à internet na casa de amigos ou em projetos de inclusão digital. E aqui só conseguimos medir os acessos no domicílio. Não é o indicador ideal”, explica.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada pelo IBGE em 2008 revelou que 56 milhões de pessoas com idade superior a 10 anos acessaram a internet através de um computador pelo menos uma vez nos três meses mais recentes. Na época, o dado correspondia a 34,8% da população. Em 2005, a proporção tinha sido de 20,9%.
O PNAD 2008 também demonstrou que havia no Brasil 4.229.285 domicílios com microcomputador, mas sem acesso à web.
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