Após prender suspeito, polícia de SP investiga motivação financeira no crime da mala
Depois de prender Jimmy Richard Iribarne, 40, principal suspeito pela morte da ex-namorada Magda da Silva Roncati, 32, a Polícia Civil de Franco da Rocha (SP) investiga a hipótese de o crime ter tido motivação financeira. O assassinato ocorreu em janeiro no município de Mairiporã (SP) e ficou conhecido como “o crime da mala”, já que a vítima foi encontrada dentro de uma mala na represa Paiva Castro.
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A mala com o corpo da mulher foi encontrada no dia 21 de janeiro por um representante comercial. Após a morte de Roncati, Iribarne fugiu para o Ceará e, segundo a polícia, iria voltar para São Paulo, onde ficaria escondido. O suspeito foi monitorado pela polícia enquanto esteve foragido.
A prisão ocorreu na rodovia Fernão Dias, durante um bloqueio policial realizado justamente com o objetivo de prender Iribarne. A polícia procura um comparsa do suspeito que teria ajudado na ocultação do corpo.
Segundo Emygdio Machado Neto, delegado da seccional de Franco da Rocha, o suspeito confessou o crime, mas afirmou tê-lo praticado em legítima defesa. “Ele contou que ela investiu contra ele com uma faca. Para defender-se, ele disse que deu uma gravata nela, mas não tinha a intenção de matá-la. Ela morreu por estrangulamento”, diz.
De acordo com o delegado, Iribarne disse que ficou “apavorado” e decidiu colocar o corpo da ex-namorada dentro da mala, junto com um paralelepípedo, e jogá-lo na represa. Machado Neto desconfia da versão do suspeito por entender que Iribarne tinha condições físicas para defender da vítima sem estrangulá-la. “Ela era uma mulher miudinha e ele é um homem forte”, afirma.
O delegado diz que a polícia investigará se houve motivação financeira no crime, já que, depois da morte de Roncati, Iribarne fez alguns saques de até R$ 1.000 da conta da vítima. Segundo Machado Neto, Roncati, que trabalhava ilegalmente na Suíça, havia guardado uma quantia significativa de dinheiro, e com frequência ajudava financeiramente.o ex-namorado.
Iribarne responderá por homicídio e, possivelmente, por ocultação de cadáver. Ele está detido em Cajamar, também na Grande São Paulo.
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