Em teste feito pelo UOL, serviço 190 da PM de São Paulo demora 20 minutos para atender
Em um teste informal, a reportagem do UOL Notícias fez algumas ligações ao serviço de emergência 190 da Polícia Militar (PM) de São Paulo na madrugada de 7 de maio. No contato mais problemático, gravado pelo jornalista e enviado aos responsáveis pelo Comando de Policiamento da Capital, a espera até o atendimento foi de 20 minutos.
Por volta das 2h, logo após discar os três números que ligam os cidadãos ao sistema de emergência da polícia paulista, o que se ouviu foi uma mensagem de recepção. Inicialmente, uma voz gravada informa que “sua ligação com a Polícia Militar foi completada”.
Depois disso, o recado passa a mesma mensagem em inglês e espanhol.
O problema foi que, mesmo após ouvir essa espécie de secretária eletrônica por vários minutos, nenhum atendente surgiu para escutar a suposta reclamação. A reportagem do UOL Notícias chegou a desligar o gravador antes mesmo de ser ouvido por alguém, após 20 minutos de espera.
Apesar de não ser uma empresa, a PM ultrapassou, por exemplo, os limites estipulados por lei para o serviço de "call center". Por uma lei federal de 2008, o cidadão não poderia esperar mais do que um minuto na linha. As empresas que descumprirem as normas estarão sujeitas a multas que podem ir de R$ 200 a R$ 3 milhões, conforme a gravidade do caso.
Segundo o tenente Cleudato Moisés do Nascimento, porta-voz do Comando de Policiamento da Capital, a suposta distorção está sendo apurada pelo setor técnico da polícia. “Pode ser uma pane. Mas é estranho. A eventual falha está sendo apurada pelo responsável pelo setor.”
Como ele explica, a meta da PM é atender as pessoas no primeiro ou no segundo toque do telefone. “Isso não é comum (demorar 20 minutos). O horário (usado pelo teste, 2h de um sábado) é bem carregado para a gente.”
Tentando comprovar que a demora seria atípica, o tenente chegou a fazer uma ligação para o 190 em frente ao jornalista. Após cerca de um minuto e meio escutando o mesmo recado gravado, o policial encerrou o contato e ligou imediatamente pelo responsável pelo serviço.
Na ocasião, o tenente foi informado que a procura pelos serviço naquela hora estava “calma” e que havia linhas livres. "Está estranho."
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