Desabamento de laje em obra do governo de São Paulo deixa um morto e 11 feridos
A laje de um prédio em construção na Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, desabou na tarde desta quinta-feira (12). Uma pessoa morreu no local e outras 11 pessoas foram socorridas com ferimentos leves.
O prédio fica na avenida General Penha Brasil, na altura do número 2.555, e estava sendo construído para abrigar uma nova unidade da Fábrica de Cultura, um projeto da Secretaria de Cultura do governo de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, 12 de 60 funcionários que trabalham na obra estavam na laje na hora do acidente e teriam caído de uma altura de 27 metros. O morto foi identificado como Nivaldo Rodrigues da Silva, funcionário da obra.
Seis vítimas foram encaminhadas para os prontos-socorros Cachoeirinha e Vila Penteado, segundo o capitão Miguel Jodas, do Corpo de Bombeiros. As outras cinco foram resgatados por pessoas que estavam no local no momento do acidente.
A unidade cultural seria inaugurada em abril ao custo de R$ 13,2 milhões. Uma equipe de engenheiros da pasta está no local. O projeto –com espaço para ateliês e espetáculos– já está em funcionamento em três unidades: no Itaim Paulista, na Vila Curuçá e em Sapopemba.
Os bombeiros enviaram nove carros para o resgate. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também auxiliam nos trabalhos. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, foi acionado e prestou apoio. A área foi isolada.
Segundo o capitão Jodas, o trabalho de resgate é feito em três etapas: a prioridade é a retirada e suporte às vítimas, depois vem o escoramento das estruturas para evitar outros desabamentos e, por último, a vistoria em conjunto com a Defesa Civil nas construções próximas, para verificar se há abalo nas estruturas.
A obra é de responsabilidade do consórcio Ubiratan, que também constrói a Fábrica de Cultura de Cidade Tiradentes, na zona leste. Segundo o secretário da Cultura, Andrea Matarazzo, o acidente teria sido provocado por um erro de execução e não de projeto. As duas obras serão interrompidas até o esclarecimento do caso.
No momento, chovia fraco na região. As causas do desabamento serão investigadas. O consórcio não foi localizado pela reportagem para comentar o acidente.
Leia a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Cultura:
A Secretaria de Estado da Cultura lamenta o acidente ocorrido nesta quinta-feira, por volta das 15h30, na obra da Fábrica de Cultura da Brasilândia, zona norte de São Paulo. A obra estava sob responsabilidade da construtora Ubiratan, vencedora da licitação aberta em 23 de abril de 2009 para construir as Fábricas de Brasilândia e de Cidade Tiradentes, na Zona Leste. A empreiteira iniciou a construção em outubro do mesmo ano. No momento do acidente, era feita a concretagem da laje de cobertura do edifício destinado ao teatro da Fábrica, que desabou. De acordo com a empresa, havia 12 funcionários sobre a laje no momento do desabamento. Cerca de 60 homens trabalhavam na obra.
O contrato assinado entre a Secretaria e a empreiteira estipula que a responsabilidade pela segurança da obra é da empresa. O secretário Andrea Matarazzo, que esteve no local durante esta tarde, determinou a paralisação imediata das duas obras sob responsabilidade da construtora para investigar as causas do acidente e solicitou para amanhã um relatório preliminar do ocorrido. O secretário determinou ainda que a empreiteira dê total atendimento aos feridos e preste amparo à família de Nivaldo Rodrigues da Silva, funcionário morto no acidente. A equipe técnica da Secretaria fará, também, um laudo com auxílio do CREA- SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) para apuração das responsabilidades.
A Fábrica de Cultura da Brasilândia integra o programa Fábricas de Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura, que prevê nove equipamentos dedicados à formação e à difusão cultural em áreas afastadas, mapeadas pela Fundação Seade como as regiões de menor índice de desenvolvimento juvenil. Estão em funcionamento três Fábricas de Cultura na zona Leste. A inauguração da unidade da Brasilândia estava prevista para abril deste ano.
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