Policiais da Rota também fizeram escolta para delator do PCC morto em SP
O soldado Alef de Oliveira Moura, 29, é mais um policial militar identificado que fazia escolta para o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), assassinado a tiros no último dia 8 no aeroporto internacional de Guarulhos. Um segundo suspeito de envolvimento no crime também foi identificado e está foragido.
A Corregedoria da Polícia Militar cumpriu, na manhã de hoje, mandado de busca e apreensão na casa dele, na região central de São Paulo. Alef já atuou na Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), mas não está mais na unidade de elite da corporação.
A reportagem apurou que o PM escoltou Gritzbach até o Fórum da Barra Funda, zona oeste paulistana, onde o empresário tinha ido participar de uma audiência judicial. Um policial militar da Guarda do Fórum estranhou a presença do colega de farda e acionou a corregedoria.
O UOL não conseguiu contato com os advogados do soldado Alef, mas publicará a versão dos defensores caso haja uma manifestação.
Outros PMs que faziam a escolta do delator do PCC ao fórum também foram fotografados. Na ocasião, a Corregedoria instaurou um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar o envolvimento dos PMs na escolta de Gritzbach, até então envolvido com organização criminosa.
Alef passou a ser investigado antes mesmo da morte do empresário. Além dele, outros oito PMs também foram alvos de mandados de busca e apreensão na manha desta sexta-feira. A ação foi coordenada pela força-tarefa que investiga a morte do delator e pela Corregedoria da Polícia Militar.
Outro Suspeito identificado
Um novo suspeito de envolvimento no crime foi identificado. Trata-se de Matheus Augusto de Castro Mota. A prisão temporária dele teria sido decretada. A Secretaria Estadual da Segurança Pública não confirma essa informação e diz que todos os detalhes serão preservados para garantir a autonomia da investigação, que corre sob sigilo.
Gritzbach foi baleado por dois homens armados em frente ao terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. Ele estava acompanhado de sua namorada e um escolta da Polícia Militar quando foi atingido por 10 tiros de fuzis.
Segundo a Polícia Civil, o ataque teve a participação de Kauê do Amaral Coelho, 29. Ele foi acusado de ter atuado como olheiro e informado, do saguão do aeroporto, a saída de Gritzbach do terminal 2. Em seguida, um Gol preto se aproximou e dois homens desceram.
A vítima foi atingida por 10 tiros de fuzil. O Gol preto deixou o local com o motorista e os atiradores. O carro foi abandonado a seis quilômetros do aeroporto, onde também foram deixadas as armas usadas no crime. O condutor fugiu a pé e os autores dos disparos pegaram um ônibus.
Imagens dos dois homens apontados como os atiradores foram divulgadas pela imprensa. Eles aparecem no coletivo. Policiais civis afirmaram que ambos subiram num ônibus da Viação Campos do Ouro e desceram no Jardim Cocaia, onde foram resgatados por Kauê. Já Mota, o novo suspeito identificado, tertia dado R$ 5 mil para o olheiro Kauê. Todos estão foragidos.
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