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Playcenter encerra atividades a partir de julho

Em abril de 2011, a trava do brinquedo Double Shock (foto), no Playcenter, se abriu e feriu oito pessoas - Robson Ventura/Folhapress
Em abril de 2011, a trava do brinquedo Double Shock (foto), no Playcenter, se abriu e feriu oito pessoas Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

19/03/2012 11h39

O parque de diversões Playcenter, na zona oeste de São Paulo, vai encerrar as atividades a partir do próximo dia 29 de julho, até julho do ano que vem. O parque atual será reformado para adoção de um novo modelo, de modo que a capacidade de público vai reduzir dos atuais 12 mil visitantes ao dia para 4.500, diariamente.

Em nota, o grupo Playcenter informou que o local vai abrigar um “conceito de diversão inédito no Brasil” a partir de pesquisas que teriam apontado carência de espaços em que “pais possam brincar e interagir junto com seus filhos” na capital paulista.

Segundo a assessoria do grupo, as mudanças não estão relacionadas a acidentes recentes que aconteceram em brinquedos do Playcenter, mas, sim, a uma “mudança de estratégia” da empresa. Será feito investimento de R$ 40 milhões, conforme a assessoria.

Acidentes recentes

Desde 2010, dois acidentes --ambos, em um intervalo de pouco mais de seis meses --no Playcenter deixaram vítimas e renderam inquéritos na Polícia Civil. Em setembro de 2010, por exemplo, 16 pessoas ficaram feridas na montanha-russa Looping Star, na qual os passageiros passam por um "looping" de 20 metros de altura e a velocidades que podem atingir o pico de 90 km/h. Ninguém, no entanto, ficou ferido com gravidade.

No dia 3 de abril de 2011, oito pessoas ficaram feridas depois de uma das travas do brinquedo Double Shock se abrir durante a operação. Dos feridos, três chegaram a ser internados no Hospital Metropolitano, na zona oeste de São Paulo. Em julho do mesmo ano, um laudo do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo apontou que houve falha humana no acidente, eo parque anunciou reforço de medidas de segurança.

Morte no Hopi Hari

O acidente recente mais grave, no entanto, foi registrado no último dia 24 de fevereiro no parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (interior paulista). Na ocasião, a adolescente Gabriela Nichimura, 14, que passava férias no Brasil com os pais --a família vive no Japão--, caiu do brinquedo “La Tour Eiffel” ao usar uma cadeira com falhas nas travas.

A polícia investiga se houve falha humana. O parque firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MP (Ministério Público) para vistoriar os 10 brinquedos mais perigosos, período em que o parque permanece fechado. O término do fechamento vence na próxima quinta-feira (22).