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Governo do DF diz que quatro, não 13, morreram em leito de UTI em Santa Maria

Hospital de Santa Maria, no DF, onde tubos de oxigênio teriam sido trocados por ar comprimido - Alan Marques/Folhapress
Hospital de Santa Maria, no DF, onde tubos de oxigênio teriam sido trocados por ar comprimido Imagem: Alan Marques/Folhapress

Maurício Savarese

Do UOL, em Brasília

13/04/2012 17h07Atualizada em 13/04/2012 17h14

A Secretaria da Saúde do Distrito Federal afirmou nesta sexta-feira (13) que quatro pacientes, e não 13, morreram em um mesmo leito de UTI do Hospital Regional de Santa Maria entre julho do ano passado e janeiro de 2012. O governo disse ainda que a polícia determinará se esses óbitos aconteceram por conta de problemas na tubulação do leito 19 do prédio ou não.

De acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, as pessoas teriam morrido porque receberam ar comprimido em vez de oxigênio. Médicos ligados ao hospital afirmaram, no entanto, que as quatro mortes teriam se dado em condições "razoavelmente previsíveis", e não necessariamente por problemas na tubulação. Ainda assim, o leito 19 está bloqueado –há 99 outros na UTI do hospital.

Para o secretário de Saúde, Rafael de Aguiar Barbosa, a UTI do hospital "é de excelência" e o ex-diretor que denunciou as mortes "é alguém que responde a vários processos internos". Ele disse ainda que a substituição do ex-responsável pela unidade de Santa Maria não aconteceu por causa das denúncias.

"O nosso papel enquanto gestor é primeiro esclarecer o que aconteceu na UTI, tranquilizar a nossa população. Quando assumimos o governo, tínhamos uma rede de 206 leitos e gastávamos R$ 120 milhões por ano para pagar serviços na rede privada", disse Barbosa. A UTI de Santa Maria é a maior da rede pública do DF e funciona com uma empresa prestadora de serviço, desde a gestão de José Roberto Arruda.

Mais cedo, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal afirmou que vai abrir sindicância para investigar as mortes.