Cheia do rio Tapajós se aproxima de recorde histórico em Santarém (PA) e alerta Defesa Civil
A Defesa Civil de Santarém (1.443 km de Belém) está em alerta por causa da enchente nos rios Amazonas e Tapajós. Na manhã desta sexta-feira (27), o rio Tapajós alcançou 7,82 metros acima do nível normal. Em 2009, ano em que foi registrada a maior enchente, o nível do rio estava 7,94 metros acima do normal.
Na avenida Tapajós, área de comércio e às margens do rio, a água invade a cidade e prejudica quem trabalha no local. Para facilitar a entrada dos pacientes, o Hospital de Urgência da Unimed precisou improvisar outro acesso para evitar que eles tenham de passar pela área inundada. De acordo com o gerente administrativo do hospital, Paulo Henrique Alves, o número de cirurgias caiu 50%, e as internações, 30%.
De acordo com Francisco José, gerente de um supermercado que atende principalmente a ribeirinhos, a vendas caíram 30% neste mês de abril. A justificativa é que os clientes precisam usar suas economias para se proteger da cheia, e, assim, as compras nos supermercados diminuem.
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Os órgãos de segurança da região reuniram-se para verificar a situação das áreas atingidas. "Precisamos fazer monitoramento nas áreas e verificar a real situação de cada uma", informou Eliene Amaral, coordenadora da Defesa Civil de Santarém.
De acordo com ela, já está sendo elaborado um documento com estudos para que nos próximos dias possa ser solicitada situação de emergência no município, já que o rio chegou à cota de alerta da Ddefesa Civil.
A coordenadora disse acreditar que essa enchente pode superar a de três anos atrás: "Em maio de 2009, quando registramos a maior enchente, o nível estava em 8,30 metros, hoje a régua registrou 7,82 metros."
Em documento ao governo do Pará, a Associação Comercial de Santarém (Aces) pede apoio financeiro para a construção de passarelas. No entanto, alguns comerciantes preferiram não esperar ajuda do governo e construíram pontes para facilitar o acesso de clientes.
Em todo Pará, mais de nove 9.000 familias já foram afetadas pelas cheias. A regiões mais atingidas são o Baixo Amazonas, o oeste e o sudoeste do Pará. Segundo a Defesa Civil estadual, 382 famílias ficaram desabrigadas no Estado por enchentes e enxurradas.
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