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Apesar de resistência, polícia e prefeitura retiram pertences de ocupantes de terreno invadido em BH

A Polícia Militar mineira cumpriu nesta sexta-feira (11) um mandado de reintegração de posse de um terreno de 35 mil metros quadrados invadido por famílias na região do Barreiro, em Belo Horizonte - Reprodução/Twitter
A Polícia Militar mineira cumpriu nesta sexta-feira (11) um mandado de reintegração de posse de um terreno de 35 mil metros quadrados invadido por famílias na região do Barreiro, em Belo Horizonte Imagem: Reprodução/Twitter

Rayder Bragon

Do UOL, Em Belo Horizonte

11/05/2012 17h16Atualizada em 11/05/2012 21h27

Apesar do clima tenso na parte da manhã desta sexta-feira (11), funcionários da Prefeitura de Belo Horizonte, apoiados por um forte esquema montado pela Polícia Militar mineira, retiraram os pertences de aproximadamente 350 famílias que invadiram um terreno que pertence ao município, localizado na região do Barreiro, nesta tarde.
   
A desocupação do terreno de 35 mil metros quadrados se deu em razão de cumprimento de ordem judicial de reintegração de posse do local onde as famílias estão desde o último dia 21 do mês passado.

No começo da noite desta sexta, algumas famílias ainda resistiam em deixar o local, segundo disse um representante dos ocupantes ao UOL, porém os pertences já haviam sido retirados.

Caminhões da SLU (Superintendência de Limpeza Urbana) e de outros órgãos da prefeitura recolheram lonas e madeiras utilizadas na confecção dos barracos improvisados e levaram para o pátio da Regional Barreiro --espécie de subprefeitura.

A Regional Barreiro foi procurada pelo UOL, mas ainda não se manifestou para onde as pessoas retiradas do terreno serão encaminhadas.

Segundo nota divulgada no início da noite pela Polícia Militar mineira, a desocupação foi feita de forma "pacífica" e as negociações com os ocupantes foram conduzidas pelo tenente-coronel Marcelo Wladimir Correa, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Ainda conforme a corporação, no início da tarde, alguns ocupantes atearam fogo em pneus, mas a polícia disse que a situação foi controlada.

Clima tenso

Mais cedo, havia a previsão de que pudesse haver confronto já que as famílias estavam resistindo a desocupar o local. Segundo uma integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, a situação era preocupante pelo fato de as pessoas não terem para onde ir.

"Um representante da Urbel (Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte) esteve aqui no local, mas não disse como essas famílias serão realocadas. Se elas tiverem que sair daqui, irão para debaixo de ponte”, afirmou Natália Alves.

De acordo com o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o desembargador Elias Camilo, da 3ª Câmara Cível, indeferiu agravo impetrado nesta sexta-feira pelo Ministério Público contra a ordem judicial de reintegração de posse do terreno ocupado pelas famílias. Sendo assim, foi mantida a determinação de desocupação da área.