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Defesa Civil reconhece estado de calamidade pública por erosão em praia de Natal

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

26/07/2012 19h24

A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) publicou na quarta-feira (25) um decreto reconhecendo estado de calamidade pública na praia de Ponta Negra, em Natal. O pedido foi feito pela prefeitura, na última segunda-feira (23), devido à erosão marinha no local, que vem causando a destruição do calçadão.

O decreto dará apoio financeiro à Prefeitura de Natal para recuperação da área. Os valores dos recursos que devem ser liberados pelo governo federal serão definidos e repassados após a análise de técnicos da Sedec no plano de recuperação da área elaborado pela prefeitura.

Segundo estimativa do plano, o custo para a recuperação total do calçadão será de R$ 1,8 milhão. A prefeitura informou que desde março está trabalhando na recuperação de 180 metros do local, com investimentos próprios de R$ 480 mil.

O passeio público está interditado desde o último dia 14. Alguns quiosques estão sendo transferidos para áreas menos vulneráveis devido ao perigo de desabamento.

Comerciantes afirmaram que, desde o mês de janeiro, o calçadão vem sendo destruído pelo avanço do mar e pelas constantes ressacas. Eles reclamam que quando as primeiras marés altas de 2012 atingiram o calçadão nenhuma obra de contenção foi realizada pela prefeitura.

Para tentar manter a frequência dos turistas, já que Ponta Negra é um dos principais pontos turísticos de Natal, comerciantes e barraqueiros construíram, com recursos próprios, escadas de acesso à praia.

Barreira de contenção

Na tarde desta quinta-feira (26), equipes da Defesa Civil de Natal, da Semsur (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos), do grupo Pré-Militar de Defesa Ambiental e da Cruz Vermelha de Natal continuaram a construção de um paredão para contenção do mar, feito com sacos de areia, em três trechos do calçadão.

O trabalho começou nesta quarta-feira (25) e deverá ser finalizado antes do dia 2, quando está prevista uma maré alta com ressaca. A Defesa Civil informou que na madrugada do dia 2 uma equipe estará de plantão no local para monitorar a área e orientar os banhistas sobre os perigos.

De acordo com a prefeitura, os sacos usados na barreira pesam de 100 quilos a uma tonelada de areia, que é retirado da própria praia por duas retroescavadeiras.