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Júri de envolvidos no massacre no Carandiru é marcado para janeiro de 2013

Coronel Ubiratan Guimarães, chefe da operação policial que em 1992 deixou 111 presidiários mortos durante ação para suprimir uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru. No próximo dia 2 de outubro, completa-se 20 anos do evento que ficou conhecido como "Massacre do Carandiru" - Luiz Novaes/Folhapress
Coronel Ubiratan Guimarães, chefe da operação policial que em 1992 deixou 111 presidiários mortos durante ação para suprimir uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru. No próximo dia 2 de outubro, completa-se 20 anos do evento que ficou conhecido como "Massacre do Carandiru" Imagem: Luiz Novaes/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

27/09/2012 20h44

O juiz José Augusto Nardy Marzagão, da Vara do Júri de Santana, zona norte da capital paulista, marcou para 28 de janeiro de 2013 o júri dos envolvidos no massacre do Carandiru.

No total, serão julgados 28 dos 79 réus do processo. Eles são acusados de participação na ação que matou 111 presos em 2 de outubro de 1992. O júri correrá no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo

Serão julgados: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornellas Santos, Wlandekis Antônio Cândido Silva, Roberto Alberto da Silva, Joel Cantílio Dias, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Valter Ribeiro da Silva, Pedro Paulo de Oliveira Marques, Fervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antônio de Medeiros, Haroldo Wilson de Mello e Luciano Wukschitz Bonani.

Também são réus Paulo Estevão de Melo, Roberto Yoshio Yoshicado, Salvador Sarnelli, Fernando Trindade, Antônio Mauro Scarpa, Argemiro Cândido, Elder Taraboni, Sidnei Serafim dos Anjos, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Marcos Ricardo Polinato, Reinaldo Henrique de Oliveira, Eduardo Espósito e Maurício Marchese Rodrigues. Todos respondem por homicídio doloso.

Na mesma decisão, o magistrado considerou ser tecnicamente impossível fazer perícia de confronto balístico. Ele argumentou que seriam necessários 61.280 exames periciais, dada a quantidade de armas usadas pelos policiais na ação (392) e o número de projéteis encontrados (136).

Marzagão usou ainda laudos que apontam que a distância temporal para o ocorrido dificultam a realização de perícias confiáveis. Para o juiz, a ausência dos exames não prejudicará a acusação.