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Polícia do Rio recebe treinamento para abordar dependentes do crack

Em 24 de outubro, a Secretaria Municipal de Assistência Social retirou para acolhimento 63 usuários de crack no acesso à favela Parque União - Pablo Jacob / Agencia O Globo
Em 24 de outubro, a Secretaria Municipal de Assistência Social retirou para acolhimento 63 usuários de crack no acesso à favela Parque União Imagem: Pablo Jacob / Agencia O Globo

Da Agência Brasil, no Rio

01/11/2012 14h29

Policiais militares e civis, além de guardas municipais, estão sendo capacitados para atuar no enfrentamento do crack no Rio de Janeiro. O curso é resultado de uma parceria entre o governo federal e a Secretaria Estadual de Segurança Pública, dentro do programa nacional de combate à droga Crack é Possível Vencer.

Duas turmas, com cerca de 40 alunos cada, recebem instruções na Academia Estadual de Polícia Civil e no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar. As aulas têm duração de um mês e são divididas em três módulos. O primeiro trata do policiamento comunitário e técnicas de aproximação, o segundo, como indicar para qual órgão o dependente químico deve ser encaminhado, e o último aborda o uso de equipamentos com menor potencial ofensivo, pistolas de choque e spray de pimenta, por exemplo.

De acordo com a superintendente de prevenção da Secretaria de Segurança, Leriana Figueiredo, os alunos foram escolhidos por trabalharem próximos às chamadas cracolândias. “O que nós fizemos foi escolher os profissionais mais ligados ao problema devido à geografia. A gente tem estratégia de formação que acreditamos possa impactar especialmente as áreas de entorno [de batalhões e delegacias], locais de maior problema para  enfrentamento”, completou a superintendente.

A falta de técnica na abordagem do dependente químico é um problema verificado por especialistas e os pelos próprios agentes de segurança. Para a policial militar e aluna do curso Viviane dos Santos saber identificar o problema de cada dependente é uma das maiores dificuldades do trabalho. “O curso veio mostrar técnicas, tanto na parte de saúde, onde procurar apoio para o dependente químico, quanto evitar levá-lo para a delegacia", afirmou.