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Segurança da Jornada terá 13,7 mil homens no Rio e apoio de dez helicópteros

A Força Aérea Brasileira deve usar dois drones (veículos aéreos não tripulados) para monitorar os peregrinos e fazer a segurança do papa Francisco - Divulgação/FAB
A Força Aérea Brasileira deve usar dois drones (veículos aéreos não tripulados) para monitorar os peregrinos e fazer a segurança do papa Francisco Imagem: Divulgação/FAB

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

18/07/2013 11h20

As forças de segurança durante a Jornada Mundial da Juventude, evento que terá a visita do papa Francisco a partir de segunda-feira (22), vão atuar com 13,7 mil homens na "Operação Papa", dos quais 10.200 das Forças Armadas, 1.300 agentes da Força Nacional de Segurança, além de policiais militares, civis, federais, entre outras instituições.

O efetivo foi divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Coordenação de Defesa de Área, órgão do Exército que ficará responsável por coordenar o plano de segurança na região de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde estará o palco principal do evento.

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A Marinha empregará cerca de 2.500 militares, enquanto Exército e Aeronáutica destacarão 7.000 e 700 militares, respectivamente. As Forças Armadas utilizarão para logística de apoio dez helicópteros e 380 veículos de pequeno, médio e grande porte durante a Operação Papa.

A única área em Guaratiba que não ficará diretamente sob responsabilidade do Exército será o palco do Campus Fidei, onde o papa rezará a missa de encerramento, no dia 28 de julho, e abençoará os jovens que participarem da vigília da Jornada. Nesse caso, a segurança será feita pela Polícia Federal, inclusive com ações de inteligência, e pelo próprio Vaticano.

Pelo povo

O Secretário Geral da presidência do Brasil, Gilberto Carvalho, afirmou na quarta-feira que quem garantirá a segurança do papa Francisco será o povo, e negou estar preocupado com eventuais manifestações. "A grande segurança do papa será feita pelo povo brasileiro, pela juventude do mundo inteiro", disse Carvalho a jornalistas.

O serviço de inteligência brasileiro considerou que as manifestações espontâneas - que, em junho, tomaram as ruas do país - são a maior ameaça durante a visita do pontífice. "Nós estamos tomando todo o cuidado do ponto de vista de logística e da segurança, mas, com muita tranquilidade, tanto no aspecto de segurança como com as manifestações", acrescentou o ministro.

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"O papa é uma pessoa democrática, acostumada a viver na periferia de Buenos Aires, entenderá", considerou Carvalho, se referindo a eventuais manifestações durante a visita do pontífice e pouco antes de inaugurar uma plataforma na internet com a qual o governo pretende convidar os jovens brasileiros a debater as políticas do país.

O papa chegará ao Rio de Janeiro na segunda-feira para presidir a Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho. Alguns grupos já convocaram protestos, por exemplo, contra os gastos públicos da visita, estimados em US$ 53 milhões, entre outras reivindicações.

Em junho, milhões brasileiros saíram às ruas para reivindicar melhores serviços de saúde, transporte e educação, para denunciar os milionários gastos públicos nos estádios do Mundial de futebol de 2014 e para condenar a corrupção e as práticas ruins da política.