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Protesto por tarifa zero tem 38 pessoas detidas no Espírito Santo

Vândalo rouba a mangueira do hidrante de dentro do prédio da Secretaria da Fazenda do Espírito Santo, em Vitória - Divulgação
Vândalo rouba a mangueira do hidrante de dentro do prédio da Secretaria da Fazenda do Espírito Santo, em Vitória Imagem: Divulgação

Fabiana Maranhão

Do UOL, em São Paulo

19/07/2013 18h43Atualizada em 19/07/2013 20h37

Um protesto que durou quase 12 horas na região metropolitana de Vitória terminou com 38 pessoas detidas nesta sexta-feira (19), segundo a Sesp (Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social). Prédios públicos, bancos e lojas foram depredados.

Os detidos durante a manifestação que pedia tarifa zero no transporte público foram levados para a Delegacia Patrimonial, em Vitória. De acordo com a Sesp, esse número ainda pode aumentar.

O ato terminou por volta das 17h30. Ao menos dois policiais ficaram feridos. Segundo a secretaria, a manifestação começou logo cedo, às 6h, na Assembleia Legislativa. O movimento seguiu pacífico pelo Tribunal de Contas até chegar à praça do pedágio da Terceira Ponte, entre Vitória e Vila Velha, onde cabines foram depredadas.

Os participantes do protesto foram em seguida até o Palácio Anchieta, sede do governo estadual, no centro da capital. Ainda segundo a Sesp, manifestantes jogaram pedras e rojões contra o prédio. O Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar lançou bombas de efeito moral contra quem participava do ato.

Um grupo seguiu até o Palácio Fonte Grande, que abriga secretarias estaduais, também no centro de Vitória, e tentou invadir o local, afirma a Secretaria de Segurança Pública.

Os manifestantes ainda bloquearam várias vias da cidade, atearam fogo e provocaram quebra-quebra na recepção da Secretaria da Fazenda e depredaram ao menos três agências bancárias e lojas, segundo a Sesp.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, classificou o que aconteceu como "uma ação deliberada de vândalos". "Eles se utilizaram do direito de livre manifestação como escudo para praticar crimes e para depredar o patrimônio público", afirmou.

Ele informou que uma comissão havia sido formada pelo governo estadual para receber representantes dos manifestantes, mas nenhuma proposta foi apresentada. "Eles chegaram atacando o palácio. Usaram bombas e pedras para atacar a polícia", disse.