Policial do Denarc foragido se apresenta; já são dez presos
Após uma semana foragido, o policial do Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico) Danilo da Silva Nascimento se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil na madrugada desta segunda-feira (22). A informação foi confirmada pelo Ministério Público.
Nascimento era um dos quatro policiais do departamento que seguiam foragidos da Justiça desde a última segunda (15), quando foi deflagrada a operação do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Corregedoria da Polícia Civil contra um grupo de 13 policiais do Denarc suspeitos de receber propina de traficantes em Campinas (94 km de São Paulo).
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Com a prisão do policial, hoje, já são dez os policiais presos do órgão --mas o chefe da inteligência, o delegado Clemente Castilhone Júnior, preso na segunda-feira, teve o alvará de soltura expedido pela Justiça na última quinta-feira (18). Seguem foragidos, com mandado de prisão temporária expedido, os policiais Daniel Dreyer Bazzan, Danilo Leonel Rodrigues Santos e Silvio Cesar de Carvalho Videira.
Procurados, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) e o Ministério Público ainda não confirmaram a apresentação do policial foragido.
Investigação sobre patrimônio
Semana passada, o governo do Estado solicitou que seja investigada a evolução do patrimônio dos 13 policiais do Denarc investigados por suposto recebimento de propina de traficantes.
O pedido foi feito à CGA (Corregedoria Geral da Administração), que abriu investigação na terça-feira (16). Segundo a Casa Civil, a CGA solicitou à Polícia Civil e órgãos como a Receita Federal informações relativas ao patrimônio declarado pelos investigados.
"Se a Corregedoria considerar que o patrimônio deles é incompatível com os rendimentos, eles terão dez dias para justificar o crescimento. Se não conseguirem, poderão ser punidos no âmbito administrativo", informa a Casa Civil. Os policiais podem ser exonerados do serviço público.
Propina de R$ 300 mil
Ação conjunta da Corregedoria da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público investiga 13 policiais --11 da capital e dois de Campinas (SP)-- suspeitos de receberem pagamento mensal de traficantes , além de um valor anual, que chegava a R$ 300 mil.
De acordo com o Ministério Público, os policiais presos irão responder por formação de quadrilha armada, roubo, tortura e extorsão mediante sequestro.
Após a operação, a Secretaria da Segurança Pública divulgou que o Denarc vai passar por reestruturação.
Dos 13 policiais do Denarc investigados, três são acusados pelo assassinato de um jovem, ocorrido em setembro de 2008 em Guarulhos, na Grande São Paulo.
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